Autor: Bandeirante
sábado, 18 de marzo de 2006
Sección: Artículos generales
Información publicada por: Bandeirante
Mostrado 41.259 veces.
O que é um Estado Nacional ?
Como definir um Estado Nacional ?
O que é um Estado Nacional ?
A vitória das populações cristãs na guerra contra o islamismo na Península Ibérica apresentou um fundamental diferencial de qualidade organizacional. A cristandade ibérica inventou e produziu o fenômeno do Estado Nacional como a sua grande reserva e vantagem estratégico-institucional. No processo de formação e construção do Estado Nacional destaca-se a precocidade da organização, belicosidade e agressividade do Estado Nacional de Portugal.
Portugal pode ser considerado o primeiro Estado Nacional Europeu, o seu primeiro Estado "Moderno".
Um Estado Nacional apresentava os seguintes elementos:
- Um centro de poder bem definido e uma hierarquia de poder centralizada e organizada. Um Rei e uma Dinastia Nacional na forma de uma única linhagem genealógica contínua.
- Forças armadas e recursos militares eficientes para a defesa e ataque complementados com a criação de uma armada, uma força naval habilitada para a logística da guerra e dos descobrimentos mundiais. Milícias nacionais e recrutamento endogâmico sem necessidade de mercenários extra-nacionais.
- Pessoal de Estado e uma "burocracia" organizada. Um Direito Nacional. As Ordenações do Reino de Portugal, um dos principais conjuntos jurídico-estatais de todo o ocidente. A renovação e reinvenção do direito romano e a criação de uma nova estrutura administrativo-estatal com concelhos, municípios, regras e representatividades político-territoriais próprias. Estabelecem-se tributos e estruturas de fiscalidade em bases não apenas impostas, mas também consensuadas em certos limites e grupos, dentro de conflitos e contradições inerentes à esfera do social que se quer fazer também em nacional.
- Língua nacional. Uma língua étnica própria que se converte em língua de Estado e língua de um Império Mundial. Cria-se uma Universidade em língua nacional, uma literatura padronizada e assim se reforça a cultura nacional e os valores nacionais com uma elite dirigente e administrativa. Não há maior força do que a de um povo bem disposto e bem armado no espiritual e no temporal, decidido a manter e preservar a sua própria identidade.
- A invenção de uma nova dimensão étnica própria. Um povo com uma mesma cultura, com os mesmos valores e com um senso de identificação próprio apto a elaborar a produção de um imaginário nacional e o compartilhar de novas experiências coletivas históricas.
- Centros religiosos próprios e uma ideologia religiosa com nuances específicas e redes religiosas nacionalizadoras.
- Território bem definido e estabelecido em tratados diplomáticos e pactos definidos externamente.
- Um projeto mobilizador nacional. Um sonho nacional.
Por que Portugal foi o primeiro Estado Nacional ibérico e europeu ?
Portugal surgiu a partir de uma base relativamente consistente, homogênea, densa e contínua no espaço e no tempo. O antigo Convento Bracarense, do Minho ao Douro e com a oportunidade de uma fronteira disputável ao sul na área de Coimbra.
A existência da fronteira militar é condição fundamental para o forjar-se de Portugal.
O Estado de Portugal nasceu como uma necessidade entre as ondas almorávidas e almoádas, fatores catalizadores da existência de Portugal como Estado Nacional armado, estruturado e ungido com e peLas principais ordens militares religiosas da cristandade.
Portugal nunca teve fronteiras estabelecidas com populações islâmicas. A única relação era a guerra. Portugal não estabelecia tratados ou entabulava intercâmbios com entidades islâmicas e nem poderia coexistir com uma fronteira islâmica. Portugal era a veradeira sociedade voltada para a guerra e para a expansão, por excelência e por Razão de Estado. Seria inimaginável e impensável a coexistência de Portugal com uma entidade islâmica na sua fronteira. Algo como uma Granada Islâmica contígua a Portugal jamais existiria. Inclusive foi Portugal que leva e conduz a guerra para o outro lado do estreito, para a África do Norte, enfraquecendo os mouros e como sempre pagando o maior preço na guerra em uma África do Norte portuguesa a drenar recursos mouros e permitir o isolamento e a queda de Granada do outro lado do estreito. Portugal também jamais admitiria uma população ou pequenos grupos mouros residuais no seu tecido social. Portugal como Estado Nacional nunca seria uma Bósnia-Herzegovina.
Como decorrência dos seus valores e estruturas intrínsecos, Portugal montou uma última grande cruzada em África com o Rei Dom Sebastião em Alcácer Quibir, política inimaginável para um outro reino ibérico em termos de sua impetuosidade e ousadia arriscada. Os descobrimentos, a conquista e colonização do Brasil também foram outra decorrência do lançar-se português. O que é o potencial do Brasil em comparação com o estéril e árido Marrocos ? Descansai em paz os fantasmas de Alcacer Quibir porque a língua portuguesa se expandiria em terras muito mais distantes e muito mais férteis, justamente criadas por homens com a mesma fibra dos que lutaram e morreram na África do Norte.
Portugal apresenta ao longo dos séculos uma materialidade demográfica relativamente homogênea. Portugal surgiu dentro do espaço que fora o centro original dos gallaici na desembocadura do Douro, adjacente ao que seria o núcleo duro do Reino Suevo em Braga e revitalizado depois com a existência da fronteira militar contra o islã. Portugal é antes de tudo uma idéia, uma paideia política e uma férrea vontade política e militar alicerçada inicialmente no formigueiro humano do Entre-Douro-e Minho. Portugal é um estado de espírito que não existiu em outras regiões ibéricas. Um Estado Nacional é ao mesmo tempo ontologia e praxis, tradição e invenção. O que é autêntico é e existe em si, independentemente se foi positivo ou negativo. Uma das melhores sínteses de Portugal está em Fernando Pessoa...
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
http://nautilus.fis.uc.pt/personal/marques/old/pessoa/mensagem.html
Cumprimentos d"O Bandeirante Tupi
O Filho só pode existir se o Pai assim O conseguiu...
No hay imágenes relacionadas.
Comentarios
Pulsa este icono si opinas que la información está fuera de lugar, no tiene rigor o es de nulo interés.
Tu único clic no la borarrá, pero contribuirá a que la sabiduría del grupo pueda funcionar correctamente.
Si te registras como usuario, podrás añadir comentarios a este artículo.
Con todos los respetos (y vaya por delante toda mi simpatía hacia el país hermano), el condado de Portucale, origen del posterior reino con Afonso Enríquez o I (1109-1185), no pudo ser independiente si antes no hubo otro "estado" que le concedió, o al que arrebató, su independencia.
Echo, pues, en falta, en este patriótico texto la mención del rey Alfonso VI de León y Castilla que, como es sabido, casó a su hija ilegítima Teresa con el noble francés D. Henrique de Borgonha o Borgoña, concediendo a la pareja el citado condado de Portucale, lo mismo que dio el de Galicia, al norte del anterior, a su hija mayor y heredera, Urraca, casada con otro francés. El condado de Portucale llegaba del Miño hasta el Tajo porque desde Lisboa era territorio árabe.
Alfonso I de Portugal todavía jura lealtad a Alfonso VII de León tras el ataque de éste a Guimarâes (1127). La política de enfrentamiento militar de Afonso Henniques con su madre Teresa de León, la búsqueda por todos los medios del apoyo papal, Las victorias sobre los musulmanes, sobre todo Ourique (1139), y el gran el interés de Alfonso VII de León por ser emperador (para lo cual necesitaba tener reyes vasallos) confluyen para que sea reconocido el nuevo reino y su soberanía, entre 1139 (proclamación por Las tropas), 1143, cuando lo reconoce Castilla-León, y 1179, cuando lo confirma la Santa Sede.
Sus tomas a los árabes de Santarem (1146) y Lisboa (1147) empujan a los árabes al sur, pero no los eliminan. Tras ello, y ya que su hijo Sancho no toma Silves hasta 1191, necesariamente hay que pensar que hubo unas fronteras forzosas, que se mantienen al menos desde 1139 o 1147 hasta 1191. Es cierto que los portugueses son los primeros en expulsar a los árabes completamente de su territorio (o más bien de ampliar considerablemente éste a costa de los árabes), pero tampoco hay que llevar Las cosas al extremo de negar que hubo nunca una "frontera" con ellos... ;-) En todo lo demás, de acuerdo. Saludos.
"En 1096, Alfonso VI, para evitar cualquier posible restauración del Reino de Galicia, acordó partirlo en dos: El Condado de Galicia, al norte del río Miño, que pasa a manos de Raimundo de Borgoña, casado con Doña Urraca, y la Galicia del sur que pasa a manos de Teresa y Enrique de Borgoña, primo del anterior." (http://es.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Galicia).
"No 1096, Alfonso VI, que- como quedou dito era irmán de García-, para evitar calquera posible restauración do reino de Galicia, acordou partilo en dous: O condado de Galicia, ó norte do río Miño, que o pasa ás mans de Raimundo de Borgoña, casado con Dona Urraca, e a Galicia do sur que pasa a mans de Tareixa e Henrique de Borgoña, curmán do anterior. O fillo destes, Afonso Henríquez, proclamarase primeiro rei de Portugal en 1139." (http://www.galiciadigital.com/pcd/Biblioteca/publicaciones/Estatuto2002/3capi.html)
"A separación definitiva de Galicia e o Norte de Portugal produciuse cando Alfonso VI (1040-1109) lle outorgue estes condados aos seus xenros: o Condado de Galicia, con corte en Compostela, a Raimundo de Borgoña en 1090 e o Condado de Portugal, con corte en Guimara_es, a Enrique de Borgoña seis anos máis tarde. " (http://www.eixoatlantico.com/cultura.asp)
"Urraca I (c. 1080-1126) era una noble leonesa. Su padre era el rey Alfonso VI de León. Urraca I heredó de él el Reino de León con el condado de Galicia y el de Castilla." (http://es.wikipedia.org/wiki/Portal:Le%C3%B3n,_Zamora,_Salamanca)
"Alfonso VI concedió a su hija Urraca y a su marido el condado de Galicia (todavía no se le otorgó [scil., devolvió] la categoría de reino) y a su segunda hija ilegítima llamada Teresa (casada con Enrique de Borgoña, noble francés) unas tierras al sur de Galicia que se empezaron a conocer como condado de Portugal." (http://es.wikipedia.org/wiki/Urraca_de_Le%C3%B3n)
"En los años inmediatamente posteriores a la independencia del joven estado portugués (1139) del reino de Castilla y León no parece que el condado de Galicia, al norte, experimentara un importante cambio lingüístico. Sin embargo, a medida que la Reconquista avanzaba hacia el sur, tanto en Castilla y León como en el nuevo reino de Portugal, durante el siglo XII y siguientes, el centro de gravedad de la Península experimentó un inevitable desplazamiento. El aislamiento geográfico de Galicia con respecto a Castilla y León, posiblemente una de Las razones por Las que no sufrió los peores estragos de la conquista árabe y sus posteriores prácticas depredadoras, le convirtió en una especie de páramo entre Portugal, al sur, y unas escarpadas montañas al este." (http://www.proel.org/mundo/gallego.htm)
"Antes de morir (Alfonso VII de León, el Emperador) ha dejado el Condado de Galicia a su hija Urraca, pero con una claúsula que estipulaba que si ésta se volvía a casar, el condado (aún no está considerado como reino) pasaría a su nieto Alfonso Raimúndez." (http://www.castillosdejirm.com/alfonsoVII.htm)
"(Doña Urraca) se casó con don Raimundo de Borgoña, recibiendo como dote el condado de Galicia en 1102." (http://www.fuenterrebollo.com/Sala-Reyes/urraca.html)
"En 1095 casó a Teresa, una hija bastarda, con Enrique de Borgoña, nieto del duque Roberto I de Borgoña y primo del conde de Galicia. El rey le encomendó el gobierno de la Terra Portucalense, que formaba parte del condado de Galicia. Enrique se convirtió así en conde de Portugal, vasallo de su primo Raimundo." (http://www.uv.es/ivorra/Historia/BEM/1090.htm)
A este único condado de Galicia me refiero. Hay bastantes más referencias, pero creo que será suficiente. Y no tengo ganas de discutir obviedades, Ainé, ni cosas que no he dicho.
A.M.Canto....dice: "Y no tengo ganas de discutir obviedades, Ainé, ni cosas que no he dicho."
Me pregunto cuando dejará de buscarle tres pies al gato cuando pregunto algo. Lo mío es interés por saber más...no hay más. No se si recordará que en más de una ocasión he agradecido sus conocimientos y sus respuestas a mis preguntas (deLas que en muchas ocasiones he sacado gran provecho).
Usted sabe que he declarado mil veces mi ignorancia suprema en muchiiiiiisimos temas (cosa que para nada me averguenza...saberlo todo sobre todo lo catalogo como "enfermedad paranoica u obsesión enfermiza". Me quedé a cuadros con lo del Condado de Galicia...por eso formulé la pregunta tan "expresivamente":
.............Condado de Galicia ¿¿??...eso es nuevo para mi, ¿cual de los Condados gallegos?...........
La única lectura que se puede hacer "entre líneas" es mi ignorancia en el tema...lo dicho, no busque tres pies al gato (Las discusiones son un pérdida de tiempo)...¿me ha visto discutir últimamente?
Un saludo y gracias por su amplia y detallada respuesta
A.M.Canto
No tiene nada que agradecerme...lo que si agradecería yo, sería no tener que darle de nuevo explicaciones de mis intenciones (por favor...antes de contestar a mis cuestiones, "entresaque" Las oscuras intenciones porque no existen)
Hablando de Portugal...por eso he dicho: "Lo que si se puede decir es que Portugal siempre fue un solo Reino..."
....observe que de todo lo que he dicho usted solo se "ha quedado" con el "rosario" (de ahí la mala interpretación posterior). El listado de reinos que aparecen en los escritos de los reyes después del s.XII, para mi, merece el calificativo de "rosario" (opinión absolutamente personal)
Volviendo al tema que nos ocupa: "Portugal siempre fue un solo Reino", ¿no? (no se si en ello también estoy en un error)
Un saludo
Eu tenho umha visom muito particular da história, e sobretudo da relaçom Portugal-Espanha/Castilla. Sem dúvida É verdadeiro o desprezo que muitos espanhóis tiveram (e têm) para o português, mas, queridos vizinhos lusos, isso lhes passa aos "Espanhóis centrais" com quase todos os espanhóis/nacionalidades/nações periféricas... e igual que os sucessores de Felipe II foram um desastre para Portugal, foram-no para Espanha. Quanto ao que é uma nação... pese a quem lhe pese, fico com a definiçom número 1, 2 e 3 da RAL:
Nación.
(Del lat. natĭo, -ōnis).
1. f. Conjunto de los habitantes de un país regido por el mismo gobierno.
2. f. Territorio de ese país.
3. f. Conjunto de personas de un mismo origen y que generalmente hablan un mismo idioma y tienen una tradición común.
4. f. coloq. p. us. nacimiento (ǁ acción y efecto de nacer). Ciego de nación.
5. m. Arg. p. us. Hombre natural de una nación, contrapuesto al natural de otra.
de ~.
1. loc. adj. U. para dar a entender el origen de alguien, o de dónde es natural.
Outra cousa é o que é um ESTADO... isso deixo-lho aos Politólogos... Pero como dixo umha vez Zapatero: Estado somos todos, incluso Las Comunidades Autónomas y sus gobiernos...
Segundo a RAL, um estado é (botade-lhe conta ás definiçoes 4, 5 e 6):
Estado.
(Del lat. status).
1. m. Situación en que se encuentra alguien o algo, y en especial cada uno de sus sucesivos modos de ser o estar.
2. m. Cada uno de los estamentos en que se dividía el cuerpo social; como el eclesiástico, el de nobles, el de plebeyos, etc.
3. m. CLase o condición a la cual está sujeta la vida de cada uno.
4. m. estado civil.
5. m. Conjunto de los órganos de gobierno de un país soberano.
6. m. En el régimen federal, porción de territorio cuyos habitantes se rigen por leyes propias, aunque estén sometidos en ciertos asuntos a Las decisiones de un gobierno común.
7. m. Resumen por partidas generales que resulta de Las relaciones hechas al por menor, y que ordinariamente se figura en una hoja de papel. Estado de Las rentas del vecindario, del ejército
8. m. Ministerio de Estado.
9. m. Medida longitudinal tomada de la estatura regular del hombre, que se usaba para apreciar alturas o profundidades, y solía calcularse en siete pies.
10. m. Medida de superficie que tenía 49 pies cuadrados.
11. m. Manutención que acostumbraba dar el rey en ciertos lugares y ocasiones a su comitiva.
12. m. Sitio en que se la servía.
13. m. Esgr. Disposición y figura en que queda el cuerpo después de haber herido, reparado o desviado la espada del contrario.
14. m. Fís. Cada uno de los grados o modos de agregación de Las molécuLas de un cuerpo. Estado sólido, líquido, gaseoso
15. m. desus. Casa de comidas algo menos plebeya que el bodegón.
16. m. ant. Séquito, corte, acompañamiento.
Buena pergunta Brigantinus!
Pienso que la teras que hacer a los galegos y a Galiza en el colectivo. A ver, si comparas el Pais Vasco y Catalunha con Galiza, verás deprissa Las distintas formas que tienen essas naciones de se opor a los castellanos de siempre.
Em portugues expresso-me melhor. Eu penso que não têm suficiente identidade nacional porque historicamente têm sido sempre brandos (fracos, sem ofensa) perante o poder castelhano. Em termos de exemplos, ve o que os próprios galegos fizeram a sua propria lingua, encheram-na de castellanismos de tal forma que hoje o galego que se fala (nao o das normas) correntemente pela populaçao é mais castrapo que galego, nao? Um povo com forte identidade nacional, jamais renuncia a sua lingua, os exemplos do pais basco e da catalunha são os opostos do galego, além de se contaminarem muito menos de castellanismos, foram sempre cultivados pela populaçao enquanto que o galego ja quase nao se fala, nao é verdade?
Eu que vejo o problema de fora acho que embora os galegos tenham muita afeiçao pela sua cultura propria ao mesmo tempo sentem um profunda atracçao pela cultura da meseta, nao sei de por real afeição sou se por falta de força para lutar contra ela. Enquanto os bascos e os catalães nutrem um profundo desprezo pela cultura castellana, acham-nos mais brutos, mais broncos, mais atrazados, mais fechados (e são de facto) em favor da sua propria cultura, ves isto todos os dias, e talvez ate mais na catalunha onde se sente o desprezo pelos castellanos. Esse sentimento é muito identico ao nosso (portugues) também sentimos esse desprezo, embora hoje em dia as coisas estejam mais atenuadas com a adesao ao UE. Como podes constatar tu melhor que eu, nao vejo os galegos com esse sentimento face a cultura castelhana, o que se nota é uma submissao ao poder central muito diferente de bascos, catalaes e portugueses.
Aliás, o exemplo catalao conheço-o melhor porque pessoalmente conheço mais catalaes que galegos e quando nos encontramos, acabamos sempre a falar portugueses e catalaes do comum desprezo que sentimos pelos castellanos.
Pelo que disse, concluo que a galiza tem um cultura própria bastante vincada face a Castela (meseta) e isso nota-se a cada passo, é inegável. Mas amigo brigantinus, sentimento e identidade nacional, até pode ser que alguns galegos a sintam, mas a maioria penso que nao sente e isso vê-se a cada passo até aqui no que se escreve diariamente neste forum.
Com isto nao quero dizer que os galegos deviam ser mais violentos na oposiçao ao poder central, repara que a identidade nacional não se mede pela violência das acções, enquanto o Pais Basco actua violentamente e os resultados ate nem são assim tão bons, ve o que fazem os Catalaes que sem oposição violenta acabam por ser muito mais eficazes que os Bascos. Olha so o estatuto, a bronca que causou e a grande foda que deram nos castellanos.
E claro que para nós, portugueses, é sempre um prazer ver a Espanha levar no cú!
Abraço
Pobres, também somos nós, ultimamente até a galiza ja tem um desenvolvimento em muitas areas superior ao nosso, talvez a auto-estima de que faLas seja a palavra chave para esse problema, sente-se muita falta de auto-estima nas vossas intervençoes aqui e isso é fundamental. Mas repara, se fizeres um inquerito na galiza, pais Basco e na catalunha sobre a vontade de autodeterminaçãom, sobre a auto-estima da vossa maneira de ser própria achas que as respostas irao ser iguais nas 3 regioes? Penso que nesse caso a Galiza perderia bastante terreno face aos outros dois nao?
Ha ainda uma questao que vejo muitas vezes por aqui também respeitante aos galegos que é a dicotomia que os galegos apresentam sempre entre espanha e portugal, porque sentem que ao tentar diferençiar se dos castellanos acabam por ficar iguais aos portugueses, entao para tentar nao ir na onda portuguesa, acabam por ficar mais igualitos aos castellanos. Eu entendo perfeitamente a vossa forma de pensar, mas assim acabam por nunca se encontrar a vos próprios nao? porque se se auto-negam o caracter proprio que é muito semelhante ao portugues, por razoes historicas e culturais obvias qual sera o vosso futuro em termos de identidade? so pode ser a castelhanizaçao total ou nao?
Eu nao gosto muito de discutir este assunto aqui porque vem logo aqueles galegos pro-castellano com a mania que toda e qualquer semelhança com portugal é mera coincidencia, mas ja que veio a talhe de foice...
Abraço
Observo consternado, señor Lusitanoi, que define usted la conciencia de nación a partir del desprecio a Las restantes naciones.
Si ésa es la definición, coincido con usted en que en Galicia ese tipo de "conciencia nacional" no abunda. Permitame añadir que afortunadamente.
Como enano, aprendí a subirme a hombros de gigantes. Para usted me subo hoy a dos:
1) Antonio Machado, nada sospechoso de "anticastellaneidad". Hace casi cien años, a orilLas del Duero, denunciaba uno de los profundos defectos que veía en la Castilla de su tiempo:
"Castilla miserable, ayer dominadora
envuelta en sus andrajos desprecia cuanto ignora"
2) Carlos Alonso del Real y Ramos. Decía el maestro que lo más parecido a un tonto de derechas es un tonto de izquierdas. Me atrevo a parafrasearlo y sostengo que lo más parecido a cualquier nacionalista tonto de cualquier país es cualquier otro nacionalista tonto de cualquier otro país.
No me subo a los hombros de Eudald Carbonell porque está vivo y afortunadamente bien vivo; como para colmo es amigo, no es cuestión de someterlo a tal tortura. Pero hace poco afirmaba en una conferencia que una de Las labores que nos toca afrontar es la integración; y que sólo puede integrarse lo diferente, y aun lo bien definido como diferente. La creatividad se incrementa con la sítesis integradora de lo diferente, no con la homogeneización globalizante al uso. No tengo esperanza de que usted lo entienda, pero ahí se lo dejo por si sonase la flauta por casualidad.
"Soc d'aquí, no d'allá, un moment! Que ho sapigui tothom, que per mi te importança", decía Quico Pi de la Serra. Para Eudald soy gallego y para Carlos lo fui. Usted, desde su triste definición, considéreme apátrida. Absolutamente apátrida de Las naciones del desprecio, del odio y del rechazo.
Y Dios en la de todos.
Estimado elpater,
creo que hemos leído a dos Lusitanoi diferentes, yo no creo que hable de desprecio hacia el resto de naciones, sino autoafirmación, frente al DESPRECIO de Las demás naciones.
Por cierto, castilLas hay dos, siempre Las hubo, Las famosas dos Españas, una, la que se enriquece con los pueblos que la componen, la otra, que trata de homogeneizarlos para librarse del "peligro" de ser diferentes.
Me quedo con la España de A. Machado... y con la Galicia de Rosalía de Castro:
Probe Galicia; non debes
chamarte española,
que España de ti se olvida
cando eres, ¡ai! Tan fermosa.
A GAITA GALEGA
Rosalía de Castro
Cando este cantar, poeta,
na lira xemendo entonas,
no sei o que por min pasa
que as lagrimiñas me afogan,
que ante de min cruzar vexo
a virxen-martir que invocas,
cos pes cravados de espiñas,
cas mans cubertas de rosas.
En vano a gaita, tocando
unha alborada de groria,
sons polos aires espalla
que caen nas tembrantes ondas;
en vano baila contenta
nas eiras a turba louca,
que aqueles sons, tal me afrixen,
cousas tan tristes me contan,
que eu podo decirche:
non canta, que chora
Vexo contigo estos ceos,
vexo estas brancas auroras,
vexo estos campos froridos
donde se arrullan as pompas,
y estas montañas xigantes,
que aló cas nubes se tocan,
cubertas de verdes pinos
e de froliñas cheirosas;
vexo esta tarre bendita
donde o ben de Dios rebota
e donde anxiños fermosos
texen brillantes cororas;
mais, ¡ai!, como tamen vexo
pasar macilentas sombras,
frilos de frro arrastrando
entre sorrisas de mofa,
anque mimosa gaitiña
toqe alborada de groria,
eu podo decirche:
non canta, que chora
FaLas, i o meu pensamento
mira pasar temerosas
as sombras de esos cen portos
que a o pe das ondiñas moran,
e pouco a pouco marchado
fráxiles, tristes e soias,
vagar as naves soberbas
aló nunha mar traidora.
I ¡ai!, como ne Las navegan
os fillos das nosas costas
con rumbo a America infanda
que a morte con pan lles dona,
desnudos pedindo en vano
á patria misericordia,
anque contenta a gaitiña toca,
eu podo decirche:
non canta, que chora.
Probe Galicia; non debes
chamarte españoLas,
que España de ti se olvida
cando eres, ¡ai! Tan fermosa.
Cal si na infamia naceras,
Torpe, de ti se avergonza,
Y a nai que un fillo despreça
nai sin coraçon se noma.
Naide por que te levantes
che alarga a man bondadosa;
nadie os teus prantos enxuga,
i humilde choras e choras.
Galicia, ti non tes patria,
ti vives no mundo soia,
i a prole fecunda túa
se espalla en errantes hordas,
mentras triste e solitaria
tendida na verde alfombra,
o mar esperanzas pides
de Dios a esperanza imploras.
Por eso aunque en son de festa
alegre a gaitiña se oia,
eu podo decirche:
non canta, que chora
"Espera Galicia, Espera"
¡Canto este grito consola!
Páguecho Dios, bon poeta,
mais e unha esperanza louca;
que antes de que os tempos cheguen
de dicha tan venturosa,
antes de que galicia suba,
co a cruz que o seu lombo agabia,
aquel dificil camiño
que ó pe dos abismos toca,
quisais que de angustias morra.
Paguecho dios bon poeta,
esa esperanza de groria
que de teu peito surxindo,
a Virxen-martin coroa,
i esta a recompensa sea
de amargas penas tan fondas.
Pagueche este cantar triste
que as nosas tristezas conta,
que solo ti…¡ti entre tantos!
Das nosas magoas se acorda.
¡Dina voluntad de un xenio,
alma pura e xenerosa!
E cando a gaita galega
aló nas CastilLas oias,
o teu coraçon pregunta,
verás que che dí en resposta
que a gaita galega
non canta, que chora
Para Amerginh:
Esse é o eterno destino galego, já assim foi à 850 anos e assim continuará, algum dia a Galiza se ha-de encontrar a ela própria.
Para elpater:
Estava aqui a pensar se te deveria responder ou nao, mas como ha esmoLas para os pobres de facto, também as ha para os pobres de espirito, por isso amigo também tens direito a resposta.
Ora vamos lá, quem mais que ninguém utilizou desde sempre e continua a utilizar o desprezo para impor a homogeneização senão a Castilla arrogante que toda a peninsula conhece? quem? es capaz de me responder? voces passaram a vida a despreciar os galegos, a despreciar os portugueses, os andaluzes e tudo o que vos seja distinto, e se nao o fazem dos catalaes é porque sabem que eles sao mais fortes do que voces ou nao será.
Desprezo é o que os castellanos mais utilizam para despreciar os outros povos da peninsula, por isso nao me fales de desprezo que os mestres nessa materia sempre foram os castellanos. E além disso como escreveu Amerginh estavamos a falar de auto-estima, so mesmo a vossa arrogancia propria poderia ver logo outras coisas.
É que o que define bem os castellanos desde sempre é nao so o deprezo que fazem sentir aos outros mas também a vossa já característica arrogância. De tudo o que falei nao defini o sentido nacional como o desprezo pelos outros povos, nos os portugueses temos sentido nacional e nao sentimos desprezo pelos catalaes ou pelos galegos, apenas o sentimos pelos castelhanos por duas razoes:
1º porque eles sao de facto mais burros, mais parvos e mais atrazados culturalmente que os povos do litoral que sempre tiveram mais contactos com outras culturas e outras formas de ser
2º porque a arrogância dos castellanos apenas pode ser vencida pelo desprezo.
e punto.
E mais... que será da grandiosa Hespanha sem a catalunha e o pais basco? um deserto à deriva na meseta nao? ehehehhe ainda havemos de ver a verdadeira castilha tal como ela é, atrazada pobre de facto e de espirito.
Apreciado Amerginh:
Lamentablemente, Las palabras de Lusitanoi son muy claras:
"Enquanto os bascos e os catalães nutrem um profundo desprezo pela cultura castellana" [...] "e talvez ate mais na catalunha onde se sente o desprezo pelos castellanos. Esse sentimento é muito identico ao nosso (portugues) também sentimos esse desprezo" [...] "Como podes constatar tu melhor que eu, nao vejo os galegos com esse sentimento face a cultura castelhana" [...] "quando nos encontramos, acabamos sempre a falar portugueses e catalaes do comum desprezo que sentimos pelos castellanos"
Puede ingresar con todo mérito en la Antología de la Pobreza Mental.
Pero tampoco hay que darle mayor importancia. También en Portugal tiene que haber hooligans, claro, como aquí, como los del "Vigo no" y los del "puta Coruña". Aunque hagan mucho ruido, son pocos.
Por desgracia para muchos, si bien no con tanta claridad y menos radicalmente... concuerdo con Lusitanoi:
1. Castilla se ha definido a si misma por la arrogancia y la soberbia
2. El desprecio a lo "otro" es caro en la relación España-Portugal (pese a que portugal ha sido varios siglos, una mayor potencia que España, que sólo supo mirarse al ombligo).
3. Los nacionalismos "periféricos" españoles son fruto del desprecio que estas regiones/naciones sufrieron por parte de la "una grande y libre"... que muchos dicen ya no existe... pero pervive en el pensamiento politico de la derecha española y gran parte de la izquierda.
4. Siempre nos quedará Portugal
Cada cual que se aplique el cuento a su gusto:
soberbia.
(Del lat. superbĭa).
1. f. Altivez y apetito desordenado de ser preferido a otros.
2. f. Satisfacción y envanecimiento por la contemplación de Las propias prendas con menosprecio de los demás.
3. f. Especialmente hablando de los edificios, exceso en la magnificencia, suntuosidad o pompa.
4. f. Cólera e ira expresadas con acciones descompuestas o palabras altivas e injuriosas.
5. f. ant. Palabra o acción injuriosa.
arrogante.
(Del ant. part. act. de arrogar; lat. arrŏgans, -antis).
1. adj. Altanero, soberbio.
2. adj. Valiente, alentado, brioso.
3. adj. Gallardo, airoso.
"Hay hombres tan arrogantes que no saben alabar a un gran hombre a quien admiran, sin representarlo como un eslabón o un sendero que conduce a ellos mismos".
Nietzche
Galicia, ti non tes patria,
ti vives no mundo soia,
i a prole fecunda túa
se espalla en errantes hordas,
mentras triste e solitaria
tendida na verde alfombra,
o mar esperanzas pides
de Dios a esperanza imploras.
Por eso aunque en son de festa
alegre a gaitiña se oia,
eu podo decirche:
non canta, que chora
eyna, si a España le quitas Catalunya, Galiza, Euskadi, Navarra y otros rincones... que te queda?
El usar Castilla es (por lo menos en mi caso) la identificación de esta con la España (una de Las dos) egoista, soberbia y despreciada, usar España implicaría despreciar más de la cuenta (si es que soy un sentimental...)
Pero yo no soy quien para contestar por Lusitanoi :P contesto por mi mismo (dado que use también Castilla. Yo no odio "España" sino la "idea de España" que representó la antigua Castilla, así que para mi aludir a Castilla es aludir a esa idea. Obviamente no tengo nada en conra de los vallisoletanos o los toledanos per se.
PD: mi novio es español y castellano y no le odio... xDDD aunque en 4 meses se va a vivir a Lagos (Algarve) para seguir con su proceso de limpieza mental anti-españolista :P
Pues, aquí en Catalunya,los independentistas catalanes utilizan "Catalunya it's not Spain" y se entiende perfectamente a lo que se refieren.
Si pusieran "not Castilla" pensariamos que nos están dando una cLase de geografía y/o historia :P
Por cierto,en una visita de nuestro queridiiiiiiisimo Bono, el que "canta", no el otro,le dedicaron una inmensa pancarta con una graciosa variante:
"Ej que....Catalunya it's not Spain!" } ;)
Sr. Lusitanoi, por estos pagos conocemos sobradamente Las rebajas del tío Paco.
Pero no me parece mal que vaya usted, aunque sea pasito a pasito, modificando sus primeras afirmaciones.
Volviendo ahora a la pregunta de Brigantino, es decir,
"¿Por qué los catalanes y los vascos son una nación y los gallegos no tenemos "suciente identidade nacional"?",
y visto que sus argumentos basados en el desprecio a los vecinos han viajado al lugar al que van los "digo" cuando más tarde se dice "Diego", ¿hay algún argumento más que pueda apoyar esa afirmación suya acerca de la insuficiencia de la identidad nacional de Galicia?
Porque de eso, le recuerdo, es de lo que se trataba, no de rebotes de hooligans.
Sólo puedo decir: Aish...
elpater... ¿de que números habLas? (lo desconozco, no dudo de tus afirmaciones)
Los gallegos (hoy por hoy) no somos (hablaré en plural pero no me considero dentro de este grupo) ni mucho menos independentistas. El sentimiento más expresado es "Tan gallego como español" pero tiene dos vertientes muy distintas:
- Los gallegos AMAMOS a nuestra tierra por encima de todo, y pese a siglos de opresión cultural y la emigración, los vínculos son muy potentes y duraderos
- Los gallegos nos sentimos, aunque no lo expresemos INFERIORES a "España", no somos nada sin ella... porque llevamos siglos a su sombra, y nos hemos "acostumbrado" a ser pobres, inferiores y encima... maltratados.
Esta es la pura y simple verdad, y como dice Lusitanoi... Galicia hoy por hoy no tendrían "suciente identidad nacional", o mejor dicho, no de "suficiente calidad", el problema no es la carencia o tenencia del sentimiento (está ahí, pero subyugado), el problema es la autoestima, la fuerza y el ímpetu del sentimiento. Quizás (y esto es una gran esperanza para Galicia) viendo lo que hacen vascos y catalanes, nosotros vayamos detrás... que al fin y al cabo es lo que llevamos decenios haciendo... tanto en la 2ª República, como los actuales estatutos.... y quizás el que viene... si nuestro PPdeG españolista, caudillista y caciquil no lo frena...
Sonaré muy Lastimero a oídos de Lusitanoi, lo reconozco, pero como él ha dicho:
"para nosotros esso es passado, somos un país con mas de 850 años de idependencia, apenas con 60 años de unio a Espanha" (...) "Para nosotros la question no es la misma de catalunya, euskera ou galiza, porque la independencia ja la hemos ganado hace 850 años e despues en la restauracion en 1640"
Ese es el gran matiz... "otro gallo cantaría" si Portugal hubiese quedado bajo el yugo de Castilla, la soberbia y la prepotencia, hubiesen dañado muy mucho ese orgullo nacional del que gozan (y que aún así, considero que ha conseguido afectar, y me atrevería que a ayudar a definir). Yo soy de esos pocos raros que visto lo visto... Ojalá Galiza nunca se hubiese dividido, ni necesitaríamos reafirmarnos como pueblo y como nación, ni harían falta "euroregiones" para desarrollarnos conjuntamente y hoy seríamos un gran país Atlántico, más gallego, más portugués, mas bonito, mas bello y más completo.
Chao!
PD. pese a todo, 850 años de frontera no han roto los lazos de sangre entre Las dos orilLas del Minho.... en pocos lugares se puede decir eso en el mundo
No se que tiene que ver con el tema, pero si te sirve de respuesta, los lisboetas van a Badajoz que es mas cerca. En portugal no hay nacionalismos Ainé, por más que los quieras buscar. Lo que passa en le norte de portugal mas cerda de Porto és tenia y tiene mucha "industria textil", no se mo dirlo en espanhol. Esta Industria se no lo sabes funcionava en portugal gracias a la mano de obra barata, bajos salarios. Actualmente existen los productos chineses que han acabado con grande parte de esta industria, porque tienen precios mui concorrenciales y la consequencia es que todolos dias se ferman empresas de este ramo, principalmente en minho y cercanias de Porto. Las consequencias han sido tales que ayer la region de Porto era mas rica y industrial que la de Lisboa y hoy se quedou al contrario. Esta crise ha tenido consequencias a nivel de operarios y practicamente todaLas profissiones, incluso contables y auditores como yo. Mis "colegas" de profession de la region norte estan atravessando una grave crise por tudo esso, se no quedan empresas, no hay trabajo para nadie. Pero la culpa es que essas empresas no se han desarrolado ni tanpoco aprovechado los subdidios de la UE para modernizar-se y han continuado con la politica de bajos salarios y ningun inventimento, entendes? La situacion de la region norte todo la gente la conoce, basta ver los telejornales de la television portuguesa, vale? No seas separatista, amiga, ehehehhehehe
Ahora dime, que tiene que ver el tema con la situacion portuguesa actual? En francia la situacion no es mejor, pienso que ate bastante mas grave que aqui, por acaso los franceses quieren ser espanholes por isso?
Parece que estas querendo dizer alguma coisa nas entrelinhas, clarea o discurso e bota tudo ca pra fora, vá!
Sr. Lusitanoi, lo siento. Vivo en 2006, y usted me habla, cuando se pone en plan moderno, con lenguaje del XIX. Las otras veces, con conceptos todavía anteriores.
Siga usted con su pobreza, pero tenga claro que, como embajador de Portugal, ni está nombrado allí, ni está reconocido aquí.
Lusi....non fai falla contarche o que quero decir, xa o pillaches fai tempo. E non sei para que te explicas tanto, ¿a estas alturas esquéceste do meu coñecemento sobre Portugal?
Non sei que ten que ver o nacionalismo nin a que cLase de nacionalismo te refires, ¿tampouco sabes o que penso dos nacionalismos?....jejejejejeje...vaiche boa!
:DD
Deixa de brincar Lusi...se "picas" acabarás rañando poLas respostas que has levar...e se rañas moito, sae sangue...e se sae sangue doi muito queiras ou non.
;)
Bueno, como parece que un servidor ha sido el que ha lanzado la manzana de la discordia, explico mi posición:
Por lo que aquí se ha dicho, parece ser que IDENTIDAD NACIONAL=GANAS DE INDEPENDENCIA.
Vamos a ver, vamos a ver... ahora que estamos metidos en eso que se llama "debate territorial" se supone que lo de Las reformas estatutarias y demás, no es tanto -ellos mismos lo dicen- una independencia pura y dura, sino convivir en una "nación de naciones".
Pues voy a hacer una pregunta totalmente estúpida:
¿No cabe la posibilidad de que una nación tenga conciencia de sí misma sin que ello redunde en un independentismo político?
Lo de que en Galicia tenemos un síndrome de Estocolmo frente a Castilla es una tontería como la copa de un pino. Otra cosa es que determinados rasgos de nuestro carácter -y de nuestra Historia- sean como son. Pero no hay nada que nos garantice que la cosa fuera diferente si perteneciéramos a Portugal o Gran Bretaña. Probablemente seríamos lo mismo, pero respecto de Lisboa.
Lusitanoi,
Yo te recomendaría que no midieras el grado de "conciencia nacional" de un pueblo por el tono de sus gritos contra gobiernos centrales. Y mucho menos por resultados electorales.
Porque entonces, vale: los vascos, los catalanes, los flamencos...serían naciones.
Pero los bretones no serían nación; tampoco los occitanos. Ni los galeses... ¿Los consideras naciones, a pesar de que "griten" poco contra París o Londres, políticamente sean poco influyentes en Londres y París y no haya partidos independentistas fuertes?
Cuando un servidor recorre Castilla, ve pocos indicios de la "tierra ladrona" que supuestamente nos ha chupado la sangre. Eso sí; si uno va al Monasterio del Escorial o al Palacio Real, además de asombrarse por esas maravilLas artísticas, empieza a sacar conclusiones sobre quién -realmente- nos chupó la sangre. Y si uno coge un libro de Historia y mira la cantidad de guerras en Las que estuvo metida España, y hace a tanto alzado un cálculo aproximado de lo que debían costar tercios, galeones, plazas fuertes, navíos de línea, regimientos, etc... la cosa empieza a cuadrar... Aunque estos últimos gastos nos afectaban a todos (los ingleses que llegaron a Las costas gallegas en 1589 no venían a hacer turismo).
"¿Qué es España?" Un frenesí, hombre, un frenesí. ¿Qué es España? Una ilusión. Una sombra, una ficción. Y el mayor bien es pequeño, pues toda la vida es sueño y los sueños, sueños son"... ou pesadelos (segundo quem durma)... hahahahaha
O de país de cacos (anacos em galego) foi moi boa... recórdame as traduçoes que algums fijerom dos nomes e topónimos galegos hehehehe por mor dos "fasos amigos" lingüisticos...
Brigantinus es cierto que no es totalmente identificable IDENTIDAD NACIONAL=GANAS DE INDEPENDENCIA, pero si me atreveria a decir que sí lo es la apatía generalizada e incluso oposición a la mayor autonomía, por ejemplo, y pese a todo, no me puedes negar esa falta de autoestima sobre la que hemos estado divagando largo y tendido en este forillo.
Lo de síndrome de estocolmo... disiento, y el mejor síntoma es la disglosia lingüística y cultural (lo castellano es de más cLase... y eso piensan Y DEFIENDEN muchos GALLEGOS). También es cierto que no fue el "pueblo castellano", ni el "pueblo español" quién nos chupó la sangre... pero querido mío, es que nunca suele ser el pueblo llano, al menos no intencionadamente, sino Las fuerzas gobernantes, los "lobbys" y sus influencias y maleducaciones para con el pueblo llano.
Obviamente, un paisano de MataLascabrilLas no "planea" algo así. En cuanto a tu afirmación "Pero no hay nada que nos garantice que la cosa fuera diferente si perteneciéramos a Portugal o Gran Bretaña. Probablemente seríamos lo mismo, pero respecto de Lisboa"... pues si, pero esto es aventurarse en Las artes de la adivinación y poco más, eso sí, también podríamos plantear que si la história de Portugal y Galicia hubiese sido seguir unidas en una misma nación, Portugal y Galicia serían una unidad poco diferenciada, como lo era justo cuando se creó la frontera... y muy mucho habría cambiado la cosa, incluso, me atrevería a decir, sobre la capitalidad... sería más lógica la deriva de esta a Braga, incluso por puro centralismo... pero como digo, esto son puras divagaciones sin base alguna, y no lleva a ningún lado; lo cual no invalida la situación de Galicia para con España, que mejora, y ha mejorado, y mejorará (España va dejando de ser "una grande y libre" para ser simplemente "un pueblo libre" esto es, con sus peculiaridades, bienhaceres y características donde quiera que estemos... pero, no podemos negar, que la nación (y quien no acepte el término que lea la definición de la RAE me diga en que no lo cumplimos) gallega parte con una seria desventaja para crecer como individualidad (y no hablo de independencia), como unidad política, que no tiene porque desarrollarse dentro o fuera de España, eso depende del modelo a utilizar. Yo soy independentista, y así me defino, pero distinto es el que yo defienda la total y absoluta división Galicia-España... eso es decimonónico... es la individualidad en la relación Galicia-España de ambas partes, bilateralidad, no subordinación (excepto en determinados campos, que ya ni España tiene individalidad...estamos en la UE...).
La política queda fuera pues de mi reflexión, hablo de sentimientos y el abandonar ya de una PUTA (perdón por la vulgaridad) vez el victimismo y la autocomplacencia de ser "pobres y pueblerinos" y pasar a tener ORGULLO de ser gallegos, ORGULLO de hablar galego, y ORGULLO de ser personas (y hasta gays si lo sois como yo)... la definición de nación es algo más que un logro político, es un ogr sociocultural y de autoafirmación como individuos.
Chao (Deus... ando hoje exaltadinho... hehehehe)
PD. Manda caralho que os emigrantes galegos tendemos a umha terrível saudade politico-administrativa hehehehehehe Para mim que a radiactividade do radon geológico do granito galego é-che adictivo.... Explicación científica da morrinha??
Dos breves apuntes:
- sobre el artículo en sí: es curioso lo parecidos que son los lenguajes del nacionalismo portugués y del nacionalismo español.
- a lo mejor "la apatía generalizada e incluso oposición a la mayor autonomía" sí que son indicativos de que no existe identidad nacional generalizada entre los habitantes de Galicia. Desde mi punto de vista no es tan mala cosa. Ahora faltaría ir acabando con la identidad nacional española y contruir un estado (o n estados, lo mismo es) anacionales, por analogía con los aconfesionales.
Amerginh, eu creo que o castelán foi, sen dúvida, durante moitos anos símbolo de cLase, pero hoxe en día non vexo que sexa así. Na miña opinió é o galego o que corre o risco de se transformar, de aquí nuns anos, nunha lingua de universitarios e xente "concienciada".
Amerginh....Jejejeje....."Pois entom, tenho eu raçom... o galego está desprestigiado, salvo no caso dos universitarios e gente "concienciada"...
Que raio de "urbanitas"!! Como se ve que andades pouco pola aldea!! El gallego está desprestigiado entre los de " La Coru" y poco más (me paso si digo un 15% de la población gallega).
:DD
Ves como tenía razón en decir que había cosas en Las que no coincidía para nada contigo...nacionalista independentista (e digo eu....para qué?...é máis...¿que raio fas que non estás na túa terra? Así é que faLas dela con descoñecemento...mecaghiná!)
Es curioso, los independentistas sois "urbanitas"...¿por qué será? (probablemente los demás seamos todavía "paletos e ignorantes"...que lle imos facer)
;)
Estou a leer o meu último "post".... caralho que mal escrivim xDDDD sorry poLas gralhas
Dsotelo...dis:
"De todas maneras este artículo no hablaba directamente de la situación de Galicia o del gallego, sino sobre un estado nacional, concretamente el portugués que, por lo que parece, también es una unidad de destino en lo universal."
Un tema es inevitable que diversifique en otros...y viendo algunas afirmaciones erróneas...pois que queres que che diga... meu!
Podedes decir o que queirades...eu manteño o que dixen.
"Que raio de "urbanitas"!! Como se ve que andades pouco pola aldea!! El gallego está desprestigiado entre los de " La Coru" y poco más (me paso si digo un 15% de la población gallega)."
Y que conste que viajo por cuestiones laborales por toa Ghalisia...y se lo que se cuece... ;)
Amerginh...si te criaste en Touro no se como leches escribes tan rarito ( y no lo digo por la grafía...si no por Las expresiones)...a que años te fuiste?
Nom sei de que expresions faLas... pero bom... de Touro marchei com apenas 9 anos... o meu tio era o parroco e o meu pai travalhaba na mina :P e nom vivia alá mais que de venres a luns.
Amerginh,....non faLas o galego de Touro, só iso (tambén? ao? pero bom?....que "tourense" di esas cousas?)
....na língua "tourense": tamén / ó / pero bo é (desculpado... xa que marchache moi novo) ;)
Umha última coisa... se Galiza e Portugal nom se tivessem dividido politicamente, quiçá a língua resultante nom seria outra que o galego-português, com as suas evoluções oportunas, mas, isso seguro, o galego nom existiria como tal, pois é o resultado do seu isolamento e a influência castelhana. E o português nom teria tido tanta influência das faLas moçárabes... já que teria uma maior populaçom e um maior peso da língua "matriz" do norte... Falaríamos pois... Galego-portugués? e também... viviriamos em Portugal? ou na Galiza? ou Portugaliza?? ou sabe deus que nome tería o nosso pais hehehehe
Bom, esto é especular... melhor vou-me para a cama e deixo de divagar hehehehe
chao!
la verdad es que me gusta mucho celtiberia, es la primera vez que voy a escribir, pero no puedo soportar tanto odio antiespañol.¿quien ha estado durante los últimos mil años en madrid?.¿una raza pura de colonizadores que ha impuesto su ley a unas regiones perifericas oprimidad? '¡¡¡¡ANDA YA¡¡¡ ¿TU TE METES ALGO?.Ante todo quiero dejar claro a modo de justificacion que yo soy de una de esas regiones perifericas y que durante un 90% del dia me expreso en gallego aunque no sea mi lengua materna.(y no , no me supone ningun problema ). En madrid han estado gobernandonos siempre gentes que provenian de todas Las partes de españa, Las élites de cada provincia terminaban por decidir algo en la politica nacional y sus hijos ya permanecian en la capital ,por eso yo no creo en la existencia de un poder central opresor.Ningun nacionalista va a convencerme de que castilla colonizo mi pueblo y es la culpable de su atraso.(ni un nacionalista gallego ni uno portugues).
No siento desprecio por ningun sentimiento nacional ,ni religioso ,cultural ó de cualquier otro tipo.Estoy muy orgulloso de mis origenes y a pesar de tener una cultura y una lengua que no tienen nada que ver con la imagen que tradicionalmente se da de españa si creo que ésta existe y ha existido desde hace muchos siglos.(españa). (aunque para mi resulte una obviedad, afirmo la existencia de españa por que creo en ella, y me fastidia mucho que me llamen facha ó que de esta simple afirmacion ya se intente extraer filiacion politica).¿por que nos preocupa tanto nuestra identidad y no nos preocupa ser unos privilegiados que comen todos los dias cuando eso no es lo normal para el 80% de la poblacion de este planeta?
pd:un saludo para elpater, tus comentarios me han parecido de lo mas acertado.
pd:un saludo tambien para lusitanoi, amerghin y el resto de participantes, esta bien que cada cual exprese sus opiniones ,pero no todos tenemos que tener Las mismas . ¿verdad?
Um texto de Gilberto Freyre, na escrita original de 1940
O MUNDO QUE O PORTUGUÊS CRIOU
Prefácio
A materia que se segue foi apresentada pela primeira vez em conferencias lidas em 1937, uma na Universidade de Londres ( Kings’s College), três em universidades portuguesas. Da leitura da primeira, no original inglês, encarregou-se gentilmente o meu ilustre amigo, o então embaixador do Brasil na Inglaterra, sr. Regis de Oliveira. As conferencias que eu deveria ter proferido em Portugal, fez-me a fineza de lê-Las por mim o meu velho amigo sr. Manuel Múrias, director do Archivo Historico Colonial de Lisboa.
Tendo seguido para a Europa em julho 1937, em missão do presidente da Republica á qual se juntou a tarefa, que me confiou o Instituto Luso-Brasileiro de Alta Cultura, de realizar conferencias em universidades portuguesas e de investigar o problema dos documentos relativos ao Brasil existentes nos archivos de Lisboa, doença subita em pessoa de minha familia obrigou-me a antecipar o regresso ao Rio de Janeiro. Precisei assim de valer-me da gentileza do sr. Manuel Múrias para a leitura dos trabalhos escriptos especialmente para aquelle fim. As conferencias assim realizadas em Lisboa, Coimbra e Porto, e a lida em Londres pelo então embaixador do Brasil, appareceram no Rio de Janeiro em 1938, em publicação official do Ministerio da Educação e Saúde - Conferencias na Europa - que se esgotou rapidamente.
Surgem agora em Segunda edição, com varios accrescimos, no texto e em appensos. Prestigia-as desta vez o longo e suggestivo prefacio do sr. António Sérgio, eminente ensaista que pelo sentido novo que deu aos estudos de philosophia da historia portuguesa é uma alta autoridade nos assumptos aqui esboçados.
Surgem sob titulo novo: O mundo que o Português criou. Mundo que, como conjunto de valores essenciaes de cultura, como realidade psycho-social, continua a existir. Sobrevive á desarticulação do imperio simplesmente politico. Resiste á pressão de outros imperialismos meramente economicos ou politicos.
Embora o ponto de vista do autor seja sempre o da unidade de sentimento e de cultura formada por Portugal e peLas varias areas de colonização portuguesa na America, na Africa, na Asia, nas ilhas, os elementos principalmente visados são estes: Portugal, criador de tantos povos, hoje essencialmente portugueses em seus estilos de vida mais caracteristicos, e o Brasil, país onde esse processo de alongamento de uma cultura antiga numa nova, em mais vasta que a materna, attingiu sua maior intensidade.
Dá-se relevo á acção de Portugal no Brasil e procura-se esboçar a sua actividade nas demais areas de colonização ou de influencia lusitana, sem se deixar de salientar que a formação portuguesa do nosso país se fez, não dentro de uma rigida exclusividade de raça ou mesmo de cultura, mas por meio de constante interpenetração de valores culturaes diversos e de abundante miscegenação.
Justamente isso - pluralidade de cultura e miscegenação á grande - é que dá riqueza, força e capacidade de expansão não só ao todo nacional luso-brasileiro, como ao conjunto de culturas nacionaes ou regionaes marcadas pela de Portugal e de que o Brasil é hoje a expressão mais destacada.
A expressão mais destacada e a força mais contagiosa e mais prestigiosa. E esse poder de irradiação da cultura luso-brasileira parece que tende a crescer; e não a contrahir-se, como proclama muito seguro de si certo pessimismo apressado.
Pascal escreveu que existem três fontes de fé: a razão, a inspiração e o costume. E é delle o celebre conselho aos indecisos e aos scepticos: agirem como se fossem crentes para acabarem crentes. Tomarem agua benta. Ouvirem missa. Fazerem o signal da Cruz. Ajoelharem-se deante do Santissimo. Repetirem - como os indios aos christãos, no decorrer da Primeira Missa que se disse no Brasil - os gestos dos devotos. E o acto, o gesto, a pratica, a liturgia, o rito, a conformidade com as manifestações exteriores da fé - creio que estou sendo exacto na interpretação da idéa essencial do pensador francês, embora a esteja ornando de uns pittorescos um tanto ousados - aos poucos mas com segurança conduziriam o incredulo á religião e ao seio da Igreja. Naturalmente o incredulo que não pudesse chegar á fé pela pura força da inspiração ou da razão.
No extremo Sul do Brasil, onde acabo de estar em viagem de contacto rapido com a gente e a paisagem daquella região neo-brasileira, impressionaram-me certas evidencias de abrasileiramento, do alemão e de outros colonos, pelo gesto, pelo rythmo do andar, pela pratica de actos tradicionalmente brasileiros. E sob a impressão de taes evidencias surprehendi-me um dia dando idéa de Pascal uma extensão sociologica. O processo da nacionalização seria o processo de conversão em ponto menor: menor pelos limites de espaço e de tempo.
Afinal o individuo torna-se brasileiro pela mesma forma ou pelo mesmo processo por que se torna catholico. Segundo Pascal: pela razão, pela inspiração ou pelo costume.
Creio que se pode affirmar com inteira segurança ser muito pequeno o numero dos que se filiam á Igreja pela pura força da razão ou da inspiração. Muito maior é o numero dos que acabam crentes pela pratica, pelo gesto, pelo costume. Por conseguinte: um tanto sob a pressão do social sobre o individual da theoria de mestre Durkheim.
Do mesmo modo, no plano da nacionalização: grande numero de individuos se nacionalizam principalmente pelo costume ou pela pratica. Pela pressão do social sobre o individual.
Admittamos que são bem raros - com relação á Igrejas - os Newman, os Psichari, os Chesterton. Bem raros - com relação a uma patria nova - os von Koseritz, os von Loon, os Karl Schurz. Individuos que se convertem, que mudam de philosophia, de patria e até de "raça", que adoptam estilos novos de vida, menos pela pressão das circunstancias sobre elles, que pelo desejo claro, pela vontade exacta, pela razão lucida, pela luz interior que os conduz a novos espaços, novas actividades, novos mundos, novas attitudes, novas dimensões. São personalidades soberanas. Excepcionaes.
Viajando no Paraná, em Santa Catharina, no Rio Grande do Sul, surprehendi mais de uma vez europeus e filhos de europeus em puro flagrante de abrasileiramento. Mas europeus que, estou certo, não vieram para o Brasil, com seus filhos, tendo racionalizado antes os motivos de sua mudança radical de vida. Que não pensaram nunca em converter-se ao Brasil. Que estão na primeira ou na Segunda phase dessa conversão quasi inconscientes do que se passa com elles, cedendo quasi sem o querer á pressão de um ambiente novo, á ecologia de um espaço novo. Espaço physico e principalmente social.
Esse abrasileiramento é que, segundo me parece, se faz quasi sempre pela pressão do acto sobre o espirito. O alemão ou o italiano começa a se nacionalizar ou abrasileirar pela pratica de uma serie de pequenos actos brasileiros, tradicionalmente brasileiro; e essa liturgia, esse ritual, essas exterioridades acabam por ter uma força de persuasão que vae até ás raizes, até ao espirito, até á alma do immigrante.
Mais de uma vez, no Rio Grande do Sul, vi homens louros vestidos á gaúcha e tomando quietamente seu chimarrão. Alemães, italianos, poloneses, de ponche, de botas e sugando seu mate á maneira tradicional dos brasileiros do Sul: alguns já com o vagar voluptuoso e até o ar mystico, o ar oriental, o ar levantino que certos gaúchos assumem durante a celebração desse acto. No Rio Grande e em Santa Chatarina, vi outros homens louros comendo com os mesmos gestos nortistas, segundo o mesmo ritual bahiano, a mesma liturgia mineira, entre goles de aguardente e salpicos de molho de pimenta, a velha, a brasileirissima feijoada. Vi a chinela - mas a chinela bahiana - na ponta dos pés de mulheres de cabello ruivo, olhos claros, physionomia nordica. Vi o tamanco usado por operarios de fabricas que não eram descendentes de açorianos, mas rapazes alourados, adolescentes sardentos e de nariz arrebitado, filhos e netos de alemães. Vi o palito de dentes, o luso-brasileirissimo palito de dentes, na boca de muito descendente de italiano, de polonês, de europeu do Norte. Vi a goiabada saboreada por grande numero delles: goiabada com queijo, á moda da gente brasileira mais orthodoxa em questões de sobremesa.
Cada vez que surprehendi um filho de colono praticando um acto desses - um desses actos na apparencia sem importancia, mas na verdade ricos de significados sociologicos - lembrei-me de Pascal. E mentalmente, durante grande parte da viagem pelos Estados do Sul, fui dando extensão sociologica á idéa do pensador francês.
Lembro-me de que ao entrar em Blumenau, meu companheiro de viagem, que era o José Lins do Rego, me observou que aquillo lhe parecia inteiramente alemão: o typo das casas e o ar das pessoas. E a primeira impressão que se tem de Blumenau, ainda mais do que de Joinville ou de Santa Cruz, é esta: uma cidade alemã.
Mas quem se fixar no rythmo do andar das pessoas não hesitará em se sentir no Brasil. O andar da gente de Blumenau não é mais alemão: já é brasileiro. O andar, o gesto, o rythmo. Sente-se o Brasil adoçando nos descendentes de homens do Norte o que seus paes, seus avós, de hirto.
Fora a gente trabalhada por agentes politicos ou culturaes (empenhados, até há pouco ostensivamente, agora por processos subtis, em dissolver ou desprestigiar as tradições luso-brasileiras do Sul do Brasil), quasi todo homem de Blumenau ou de Santa Cruz, de Joinville ou de São Leopoldo, se já não é um meio-convertido ao que há de essencial no brasileirismo, pela pratica, senão de muitos, de alguns pequenos actos tradicionalmente brasileiros, é, mesmo contra sua vontade individual ou sua mystica politica, um individuo a caminho dessa conversão. Não tardará a ouvir vozes irresistiveis do fundo não só das matas e das aguas como das tradições brasileiras: " Fritz, Fritz, por que me persegues?" E o semialemão se tornará brasileiro e até enthusiasta do Brasil. O alemão se integrará na tradição luso-brasileira, sem deixar, é claro, de trazer para essa tradição alguma coisa de novo e dos seus antepassados. O italiano tambem. E o polonês, o hungaro, o judeu, o japonês, o austriaco, o russo ukraniano, o espanhol, o syrio. Somos o começo de uma vasta cultura plural.
Ao voltar, no mês passado, daquella viagem aos Estados do extremo Sul, um jornalista me perguntou, em Santos, que impressão eu trazia das chamadas "populações coloniaes" do Paraná, de Santa Catharina, do Rio Grande do Sul. Respondi-lhe que, ao meu ver, deviamos separar muito bem separadas essas populações - os grupos de boa gente de origem européa desejosa de se fixar entre nós - dos agentes politicos, ou, antes, "culturaes", que procuram explorá-la, desenvolvendo uma actividade contra a "cultura luso-brasileira" que é, afinal, uma actividade contra nós: contra o Brasil. Porque seria ridiculo pretender que o Brasil exista independente de sua formação portuguesa; ou que seja um país onde outra cultura - outra lingua inclusive - possa installar-se com os mesmos direitos da de Portugal quando colonizou certa parte da America e firmou nos tropicos uma civilização com elementos predominantemente europeus e christãos.
O jornalismo desejou saber que sentido eu dava a essa expressão cultura, em que tanto insistia; ao adjectivo cultural, que empregava tanto. Respondi-lhe que evidentemente não era sentido literario. E procurei esclarecer: " Essa expressão cultura já saiu da esphera anthropologica ou sociologica - o sentido em que a emprego ordinariamente é o anthropologico ou sociologico - para adquirir um sentido politico que de modo nenhum devemos desprezar na nossa qualidade de povo jovem espalhado por um territorio vasto e muito visado por systemas politicos europeus nos seus sonhos de penetrações culturaes que façam as vezes das muito mais difficeis expansões territoriaes." Foi quando o jornalista de São Paulo me fez a pergunta: " Acha então que nos devemos fechar na nossa cultura tradicional luso-brasileira?" Procurando repondê-la, é que toquei no ponto, que considero de importancia capital para o Brasil, das relações da cultura luso-brasileira - que para nós é mais do que tradicional: essencial - com as culturas mais novas representadas por grupos numerosos de immigrantes: a alemã, a italiana, a polonesa, a hungara, a austriaca, a japonesa, a israelita.
Não me parece que o Brasil deva fechar-se na sua cultura tradicional luso-brasileira. Defendê-la, sim, pois ella é nossa principal condição de vida e de nação. Mas defendê-la desenvolvendo-a. Nas páginas que se seguem - paginas em que o ponto de vista não é só o scientificamente sociologico, mas, ás vezes, o normativo e politico - procuro mostrar como é possivel defender e desenvolver aquella cultura por meio de uma solidariedade maior do Brasil com Portugal e com as colonias portuguesas.
Ao suggerir a defesa da cultura luso-brasileira como essencial ao nosso desenvolvimento autonomo em face de qualquer imperialismo de cultura - o imperialismo economico seria, por inclusão, um imperialismo de cultura - que possa nos ameaçar em futuro proximo (seja esse imperialismo europeu, asiatico, ou americano), não é nenhum nacionalismo estreito ou jacobinismo ranzinza que advogo. Nenhum jacobinismo ouriçado contra tudo que for influencia ou acção cultural, que venha dar á nossa vida e á nossa paisagem côres diversas das tradicionaes, das luso-brasileiras.
Ao contrario: creio que a nossa tradição pode enriquecer-se, e muito, no contacto com as culturas trazidas pelos immigrantes alemães, italianos, poloneses, espanhóes, hungaros, japoneses, judeus. Pode e - passando francamente do plano sociologico para o politico e normativo - deve. Creio que varios usos, elementos de culinaria, de decoração, de architectura, de musica, de literatura, de esporte, de technica de trabalho, não só de origem italiana como de procedencia alemã, polonesa, espanhola, hungara, austriaca, israelita e até japonesa, podem e devem ser lentamente incorporados ao todo cultural brasileiro.
Essa incorporação será de vantagem consideravel para nós. Será um enriquecimento para a nossa cultura, para a nossa vida, para a nossa paisagem. De modo nenhum me parece que idiomas com o rico conteúdo cultural do alemão ou do italiano devam ser desprezados ou combatidos com inimigos pela gente brasileira. Ao contrario: devem ser acceitos como estimulos ao nosso progresso cultural. Mas nunca, é claro, ao ponto de qualquer dos dois - o idioma alemão ou o italiano - tomar, em qualquer região, o lugar da lingua tradicional, essencial, nacional, que é a portuguesa. Esta que se enriqueça de germanismos e de italianismos com já se enriqueceu de indianismos, de africanismos, gallicismos, mas continuando, na sua estructura e nas suas condições de desenvolvimento, a lingua portuguesa e a lingua de todo o Brasil. A lingua, tambem, desse conjunto transnacional de calores de cultura que é o mundo de formação lusitana.
Esse primado da cultura de origem principalmente portuguesa no Brasil : o primado da lingua - a lingua portuguesa enriquecida, como aliás aquelle bloco, inteiro de cultura, pelo que já assimilou do indigena, do africano, do hollandês, do espanhol, do francês - não deve nunca significar exclusividade. Aliás está dentro da tradição portuguesa no Brasil como no Oriente e na propria Africa a tendencia para assimilar elementos estranhos. E assimlá-los sem violencia, dada a opportunidade que sempre, ou quasi sempre, lhes tem dado, de se exprimirem, de modo que a assimilação se faz docente e por interpenetração. A assimilação ou a contemporização.
Do ponto de vista do ajustamento social entre grupos de culturas diversas, nenhuma orientação pode ser mais sabia. Impor a um grupo - seja uma sociedade africana sob o dominio politico ou economico de um pequeno numero de europeus, ou uma minoria alemã, italiana ou seja qual for a sua origem, estabelecida num país americano -- a cultura (inclusive a lingua) do grupo dominante, com exclusão ou sacrificio absoluto da cultura (inclusive a lingua) daquella maioria technicamente inferior ou dessa minoria às vezes technica e até intellectualmente superior, de immigrantes, ou de filhos de immigrantres, é que é erro, e erro enorme. Os estudos sociologicos e de anthropologia que se teem feito sobre o assumpto na Africa, na America, na Oceania, nas ilhas do Pacifico, indicam que na conservação, o mais possivel, de elementos da cultura tradicional - inclusive a lingua - por sociedades do typo das africanas ou das de immigrantes de origem européa, asiatica ou africana, quando estabelecidas em países novos da America, está uma garantia contra a desintegração a que elLas tendem, quando forçadas a abandonar rapidamente estilos tradicionaes de cultura. Esse abandono, para ser social e psychologicamente saudavel, tem de ser lento.
Aliás, ás sociedades como a nossa convem que tal abandono nunca seja completo. Convem que os brasileiros filhos e netos de italianos, de alemães, de espanhóes, de poloneses, de hungaros, de austriacos, de japoneses, de syrios, de russos ukranianos, de judeus, do mesmo modo que os descendentes de indigenas e de africanos, nunca percam de todo os elementos de suas culturas maternas ou paternas. A pluralidade de cultura - dentro, é claro, do primado da cultura de origem predominantemente portuguesa e christã, a cuja sombra nossa sociedade se formou e se integrou - será esplendidamente favoravel ao desenvolvimento da cultura brasileira: ao seu desabrochar numa das expressões mais altas, mais vigorosas e mais cheias de significados humanos da vasta cultura nova que, por processos diversos, se elabora no continente americano.
O presidente Getulio Vargas mostrou recentemente comprehender a necessidade de defesa daquelle tronco, não tanto racial, quanto cultural, da nossa sociedade e da propria organização politica do Brasil : o tronco português. O velho elemento lusitano, cuja importancia cedo se tornou clara para mim, não através de enthusiasmo literario ou de preoccupação politica mas em consequencia do estudo: o estudo da nossa formação social libertado de preconceito antiportuguês que por tanto tempo dominou a muitos dos estudiosos brasileiros de assumptos de colonização e de historia nacional.
Ao receber, há cerca de um anno, os membros do Conselho de Immigração e Colonização, o presidente Vargas soube salientar o direito que toca ao Brasil de escolher as correntes immigratorias que mais nos convêm. E tambem o dever de seguirmos, nessa escolha, o criterio historico.
O criterio historico é o da formação luso-brasileira. O que for hostil a essa formação é contrario aos interesses essenciaes do Brasil.
Não que isso signifique - destaque-se ainda uma vez - um Brasil preso á singularidade da cultura lusitana e com funcção de adjectivo em relação a ella. De modo nenhum. Nessa cultura já principia a affirmar-se - e pelos seus começos pode-se adivinhar seu desenvolvimento -substantiva e plural. Mas sua estructura é a tradição portuguêsa e christã. Por sua vez o Brasil é hoje a parte mais viva e mais destacada do mundo que o português criou com elementos principalmente europeus e christãos, mas através de vasta miscegenação e de larga interpenetração de culturas. Inclusive a interpenetração de linguas e de religiões.
Rio de Janeiro, março de 1940.
Fonte: FREYRE, Gilberto. O Mundo que o português criou: aspectos das relações sociaes e de cultura do Brasil com Portugal e as colônias portuguesas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1940. 164p. (Documentos Brasileiros, 28).
cabañés, en primer lugar bienvenido :)
En segundo lugar... yo no odio Madrid, hasta me gusta. Odio a una parte del estado español que es incapaz de asumir Las direrencias socioculturales de parte de los que estamos bajo su bandera. y ante eso, mientras no cambie, "prefiero irme". No mezclemos gambas con cucarachas... por supuesto, ojalá todos fuesen como la mayoría de los que estais por aquí, aunque no pensemos lo mismo, nos respetamos, cosa que no siempre ocurre... y de ser así, lo mismo hasta me hago nacionalista español xDDD
ayné... hombre, seguramente hablaríamos más gallego que mozárabe... pero de ahí a que no nos hubiese influido que la mitad del territorio estubiese habitado por hablantes de mozárabe... "no zé yo"
elpater la autoafirmación del "yo" como diferencia del "tú" está más que estudiada... muchas cosas se definen por exclusión de lo que no son. Pero vamos, que en este caso hablamos de una peculiaridad del ser portugués (y que se da otras uchas veces en otros casos), no de una norma para definirse como nación.
PD: aquí nadie dice muchas letras de Las palabras y no por eso no se escriben (incluso en gallego muchos no pronunciamos Las "c" en palabras con -ct-, ni usamos bien a veces estructuras verbales en castellano -por ser propias del gallego- pero si Las escribimos bien), de lo contrario estaríamos teniendo faltas de ortografía (vamos... que no me bajo de mi burro :P)
Alfonso Guerra,año 1979,entonces vicesecretario general del PSOE calificó a España de nación de naciones
ji,ji,que bien van Las hemerotecas!
Calma aí amigo rcg873 !
A língua é minha, a língua é nossa, autenticamente minha e autenticamente nossa ! Sempre foi assim desde que ela surgiu no mundo !
Eu falo a mesma língua herdada, recebida e evoluída dos meus antepassados. Nós sempre defendemos a nossa língua e construímos Estados Nacionais para a proteger e para nos defendermos e atacarmos os outros, quando necessário.
A minha varonia e os meus antepassados em linha masculina estão no Brasil Meridional desde o início do século XVIII. O primeiro genearca da minha família a se tornar brasileiro nasceu no final do século XVII no Entre-Douro-e-Minho, na região de Barcelos. PeLas linhas maternas tenho antepassados desde a fundação de São Paulo, do Rio de Janeiro e antes ainda. A minha língua paterna é o português do Entre-Douro-e-Minho por linha direta. Há mais de mil anos que falamos uma língua que sempre foi a nossa língua de guerra, de combate e de cultura. É a língua do nosso povo e sempre foi a minha língua por direito familiar, simbólico-cultural, militar e político. Depois de 1500 a nossa língua veio para o Brasil com os nossos antepassados bandeirantes, conquistadores e colonizadores do Brasil Meridional. A língua do Convento Bracarense é que formou a raiz histórica e o tronco lingüístico do moderno português, com a contribuição de muitas outras línguas e culturas.
Museu da Língua Portuguesa na maior cidade de língua portuguesa no mundo
http://www.estacaodaluz.org.br/wps/portal
Acredito que cada região e cada língua deva ser respeitada em sua soberania e autonomia. O entendimento ibérico e ibero-americando deve partir dessa premissa.
Em todo o caso somos os maiorais por aqui.
Outra hora posso mostrar-lhe o nosso abraço luso-brasileiro que demos por aqui.
rcg873
ja respondi a mesma pergunta no forum de "Apellido Pérez" que me foi feita pelo Brigantinus, ainda para completar, pergunto eu? que faLas tu? um galego adulterado com castelhanismos ou um dialecto de castellano com substracto galego? parece me mais a segunda hipotese nao?
Pois é, o portugues´, é um ramo evoluido do antigo "galego-portugues", aquele que evoluiu mais correctamente, pois evoluiu por conta própria sem a acção de outra qualquer lingua dominante neste territorio, por isso pode-le considerar a evolução nacional do galego portugues antigo, se quiseres chamar lhe dialecto do galego-portugues, o problema é teu.
Mas o Galego que voces falam, desculpa é demasiado adulterado e a sua evolução tem sido e vai continuar a ser a assimilação pelo castellano, quer gostes quer nao. Pelo que o seu fim ja se avista ao longe ou nao? Por tudo isto, é impossivel alguem considerar que o portugues possa ser um dialecto do actual galego, porque o galego, meu caro, ja nao existe!
Repara que nao tenho quaisquer problemas em considerar o portugues um dialecto do galego-portugues, como tu nao deves ter qualquer problema em considerar o castellano/espanhol um dialecto do Latim, pois ambas as linguas que deram origem as nossas, ja nao existem, ehehhehehe nem o galego-portugues nem o Latim.
Quanto a evoluçao do portugues ja o explicou e muito bem o nosso amigo Bandeirante.
Ve se te afinas rapaz....
Abraço
Amerginh, dis: "El Gallego y el Portugués son DIALECTOS del GALLEGO-PORTUGUÉS"
RecarájoLas benditas!!! En que cole se estudia eso¿¿¿¿¡¡¡¡¡!!!!!???? Madre Mía de mis entreteLas!!! No salgo de mi asombro!!!!
:-(((
Ilústrame ( ou cala pra sempre)
--pon una frase en gallego-portugués
--pon esa misma frase en portugués
--y pon la mismita frase en gallego
PD...te recuerdo que "tambén" no es palabra gallega (nada has comentado de los asuntos esos) .... ;)
ainé creia haberlo respondido... re-pego por si acaso...
Amerginh
Hoy, a Las 00:52
ainé... eu digo-o assi "tamén / ó / pero bo é" mas na escrita emprego as formas portuguesas (porque som rarinho) :P hehe. O que escrivo nom tem que ser o que falo ou melhor dito... o que "pronuncio"... e senóm passa-te por Huelva e já verás o bem que falam castelam :P
Cousas de reintegracionistas caducos :P
Falo galego, e nom vou deijar de falar no meu dialeto particular... a normalizaçom ortográfica é outra cousa... malia que eu nom saiba muito de ortografía (estou aprendendo pola minha conta...) tempo ao tempo.
Voume durmir... que amanha tenho muito travalho...
Beijinhos/bicos e apertas/abraços
Amerginh
Hoy, a Las 09:53
(...) PD: aquí nadie dice muchas letras de Las palabras y no por eso no se escriben (incluso en gallego muchos no pronunciamos Las "c" en palabras con -ct-, ni usamos bien a veces estructuras verbales en castellano -por ser propias del gallego- pero si Las escribimos bien), de lo contrario estaríamos teniendo faltas de ortografía (vamos... que no me bajo de mi burro :P) (...)
Resumindo, eu som reitegracionista por auto-convencimento, polo tanto, pretendo a re-unificaçom do galego e mailo português numha soa língua, o que... por colhons e falando claro, têm que importar muitas expressions portuguesas, mais nom galegas e viceversa. Os portugueses no segundo caso apenas têm que facer nada, a maioría das peculiaridades do galego, coa excepçom de algum vocabulario e expersions "coloquiais", o resto som formas arcaicas do portugues, ou inclusa já as tenhem incorporadas nas faLas portuguesas do norte. Mentres nos, os galegos, teremos que incorporar, sobre tudo, aqueLas palavras que nos tomamos do castelám e eles nom.
No caso concreto de também, eu prefiro escrivilo nesta forma, malia que eu vaia a pronucnialo "tamén" como de facto fago... e ista será umha de essas peculiaridades das que falaba, reflectadas na pronuncia, mentres que na escrita usemos as formas portuguesas (posto que eu creio que som mais acertadas)
En canto: "Ilústrame ( ou cala pra sempre)" recupero algo da galipédia:
Concepto
O galego-portugués é a lingua medieval falada no noroeste da Península Ibérica que deu lugar ó galego e portugués actuais.
Procedía do latín; é polo tanto unha lingua romance. Tivo especial relevancia cultural durante varios séculos, e disto dan fe os textos medievais conservados nesta lingua. As recopilacións líricas medievais galego-portuguesas son:
Cancioneiro de Ajuda
Cancioneiro de Vaticana
Cancioneiro Colocci-Brancutti
O rei Afonso X o Sabio, de Castela, coordinou as Cantigas de Santa María en galego-portugués, que naquel entón era a lingua por excelencia para a lírica en toda a península ibérica. Tamén compuxo algunhas cantigas de amor, mais ningunha de amigo.
Algúns poetas salientables son: Bernal de Bonaval, Airas Nunez, Pero da Ponte, Pero Amigo, Xohán de Cangas, Martín Codax, etc.
Esta lingua tivo a súa máxima importancia dende finais do s. XII ata mediado o s. XIV.
A partir do s. XIV e por causas políticas o galego-portugués comezou a perder a súa unidade e a separarse en dúas variantes: o galego e o portugués.
[editar]
Listado de étimos e os vocábulos galego-portugueses correspondentes
adu ‘imperativo de aduzer’ < ADDŪC
aduces < ADDŪCIS
adugo ‘aduzo’ < ADDŪCŌ
adusse ‘aducíu’ < ADDŪXIT
adussera < ADDŪXĚRAT
aduxe < ADDŪXĪ
anvidos ‘contra vontade’ < AD INVITUS
apres < prov. < APRESSU
aque ‘eis’ < *ACCU/E > ECCE ‘eis’
arço (ardo) < ARDĚŌ
assaz < prov. assatz < AD SATIS
asteença < ABSTĬNĔNTIA
Avijr < ADVENIRE
beigo ‘bendigo’ < BĚNĚDICO
beito ou bento < BĚNĚDICTU
beizer < BĚNĚDĪCĚRE
bezes < BĚNĚDICES
chus ‘máis’ < PLUS
cima < subs. CYMA
come < QUOMODO ET
comio (como) < COMĚDŌ
consiirar < CONSĪDĔRARE
coube < CAPŬI(T)
creer < CRĒDĚRE
creveran ‘creran’ < CRĒDŬĚRANT
crive ‘crin’ < CRĒDŬĪ
de (dea) < DĚM
despoēr < DĬSPŌNERE
devisar < DIVISARE
dicipolo < DISCĬPŬLO
dixe < DĪXĪ(T)
doer < DOLĚRE
dolvera ‘doera’ < DOLŬĚRAT
dormio < DORMIŌ
dur (a/de dur) ‘firmemnte.’ < AD DURU
eire ‘onte’ < HERI ‘onte’ ‘hai pouco’
eixerdar < EXHEREDITARE
eixilhar < EXĬLĬĀRI
emproo (a)/ ambroo ou amproo ‘para abaixo’ < IN PRONO ‘inclinado cara o chan’
ensembra ‘xunto con, en conxunto’ < fr. ensemble
enxerdar < EXHEREDITARE
ersi ‘ergo’ < *ERSĪ
esté (estea) < STĒM
faço < FACIŌ
falir < FALLĚRE
falredes < FALĚRE + *ĒTIS
falría < *FALLĚRE+EAM
fegura < FĬGURA
feiro(fero) < FĚRIŌ
festiño (a) 'de presa' < FESTINO
festo (a)/ enfesto (a): ‘enriba’, ‘para arriba < INFESTU ‘hostil’
fez < FĒCIT
fezeron < FĒCĚRŬNT
fiz < FĒCĪ
foras < FORAS (en latín EXTRA)
hajo=hei < HABEO
hestoria < HĬSTORIA
houve < HABŬI
i < IBI ‘aquí, alí’
jasco ‘xazo’ < IACĚŌ
jougesemos < IACUISSEMUS
jougue ‘xacín’ < IACŬI
Juso ‘cara abaixo’ < DEORSUM (adv. ‘cara abaixo’ por influencia de suso)
madodinho < MATŬTINU
maemos ‘quedamos’ < MANEMŬS
man ‘queda, permanece’ < MANET
manno ‘quedo’ < MANĚŌ
mar ‘permanecer, quedar’ < MANĒRE
marrei < *MANĒRE+AIO
marteiro < MARTYRIU
masi ‘permaneceu’ < MASĪ
meço < MĚTIŌ
menço < MĚNTIŌ
muu < MŪLU
nodrir < NŬTRIRE
oucião < OCĔĂNU
ouço < AUDIŌ
outrossi ‘tamén’ < outro (ALTERU) + si (SIC)
paação < *PALATIANU
peço < PĚTIŌ
peēdença < POENITENTIA
poer (pór) < PŌNĚRE
possa < *POSSAM
prige ‘prendín’ < *PRĒNSĪ
priiom < l.v PRENSIONE
pris ‘prendín’ < *PRĒNSĪ
punha < PUGNA
querrei < QUAERERE *AIO
querrei < *QUAERĚRE-AIŌ
quige < *QUĒSĪ
quis < *QUĒSĪ
quisestes < *QUĒSISTIS
redro (a) ‘para atrás’ < RETRO
reverença < REVERENTIA
salremos < SALIRE + *ĒMŬS
salría < *SALIRE + EAM
see med‘é’ < SĚDET
seedes < SĚDĒTIS
seemos < SĚDĒNŬS
seen < SĚDENT
seenço < SĬLĔNTIU
sees ‘es’ < SĚDES
sēestro < SINISTRU
seja < SĚDĚAM
sejo ‘son’ < *SĚDĚŌ
senço < SĚNTIO
servio < SĚRVIŌ
siia < SĚDĒBAM
sive < l.v. SĒDŬĪ
suso ‘cara arriba’ < SURSUM (adv ‘ de abaixo para arriba)
terrá < TENERE + *AT
terrei < *TĚNĒRE-AIŌ
teúdo ‘tido’ < TĚNŪTU
tive < TĚNŬI
toda vía ‘sempre, constantmt.’ < TOTA VIA
toste ‘cedo, de presa’ < prov tost < TOSTU
tragiã < TRAHIEBANT
traides < TRAHITIS
trei (trae) < TRAHIT
treito (traído) < TRACTU
trouxe < *TRAXŬI
valrei < VALERE + *AIO
veen < VIDENT
vees < VIDES
vejo < VIDĚŌ
ven < *VENENT
veron < VĒNĚRŬNT
verrei < VENIRE + *AIO
verrei < VĚNĪRE-AIŌ
ves < VĚNĪS
vestes < VĒNISTIS
enrequentar < Xerm REIKS
Traído desde "http://gl.wikipedia.org/wiki/Galego-portugu%C3%A9s"
RECALCO o de "A partir do s. XIV e por causas políticas o galego-portugués comezou a perder a súa unidade e a separarse en dúas variantes: o galego e o portugués".
E sigo:
Lingua portuguesa
Na Galipedia, a wikipedia en galego
O portugués é a sexta lingua materna máis falada no mundo, indican estatísticas da Unesco (Organización das Nacións Unidas para a Educación, Ciencia e Cultura), que revela a existencia de 6,7 mil linguas vivas no mundo. Segundo a instituición, o portugués está atrás do mandarin, hindi, castelán, inglés e bengalí.
Segundo o documento "Língua Portuguesa: Perspectivas para o Século XXI", elaborado polo Instituto Camões (IC), a lingua portuguesa ten gañado falantes de forma continua, desde o comezo do século XX. En 2000, a Unesco estimou en máis de 176 millóns o número de falantes de portugués no mundo.
O portugués é lingua oficial de oito países - Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guinea-Bissau, Mozambique, San Tomé e Príncipe e Timor Leste - nos diferentes continentes. Desta forma, o portugués está presente nos catro cantos do mundo. Utilizada diariamente por cerca de 200 millóns de persoas, lonxe dos cerca de tres millóns que a utilizaban, na súa forma arcaica, no século XVI, cando foi difundida espontaneamente por navegadores, guerreiros, mercadores, mariñeiros e misioneiros.
O galego e o portugués eran a mesma lingua até os séculos XII-XIII, cando se iniciou un proceso de afastamento debido a que en Portugal adquiriu o carácter de língua nacional e a Galiza ficou submetida ao proceso nacionalitario que concluiría coa creación de España. En Portugal a lingua foi normalizada e naturalizada e na Galiza non; ademáis, o seu uso desapareceu na prosa legal e na literaria. O esplendor literario medieval foi descoñecido nos dous lados da fronteira até o século XIX sobre a década de 1920. Apesar disto, existen posicións diferentes con respecto a unidade-separación do galego e portugués e un movimento social crítico con a visión oficial chamado reintegracionismo.
Historia
Ver artigo principal: Historia da Lingua Portuguesa.
O portugués desenvolveuse na parte occidental da Península Ibérica do latin falado, trazido polos soldados e colonos romanos desde o século III a.C.. A lingua iniciou o seu percurso de diferenciazon ou diferenza das outras linguas románicas depois da queda do Império Romano e das invasións bárbaras no século V. Comezou a ser usada en documentos escritos polo século IX, e no século XV tornarase numa lingua amadurecida, con unha literatura bastante rica.
Chegando á Península Ibérica en 218 a.C., os Romanos trouxeranna con eles a lingua romana popular, o latin vulgar, de que todas as linguas románicas (tambén conhecidas como "Linguas novilatinas", ou, ainda, "neolatinas") descenden. Xá no século II a.C. o sur da Lusitania estava romanizado. Estrabám, um xeógrafo da Grecia antiga, comenta num dos livros da súa obra Geographia: "Eles adoptaran os costumes romanos, e xá não se lembran da propria lingua." A lingua tornouse popular coa chegada dos soldados, colonos e mercadores romanos, que construíran cidades romanas normalmente perto de antigos povoados de outras civilizacións.
Entre 409 d.C. e 711, assi que o Império Romano entrava en colapso, a Península Ibérica foi invadida por pobos de orixe xermánica, conhecidos polos Romanos como Bárbaros. Os bárbaros (principalmente os Suevos e os Visigodos) absorveram en grande escala a cultura e a lingua da península; contudo, desde que as escoLas e a administración romana fecharan, a Europa entrou na Idade das Trevas e as comunidades ficaran isoladas, o latin popular comezou a evoluir de forma diferenciada e a uniformidade da península rompeuse, levando á formazón dun "Romance Lusitano". Desde 711, com a invazón islámica da península, o Árabe tornouse a lingua de administración das áreas conquistadas. Contudo, a poboación continuou a usar as súas faLas románicas de tal forma que quando os mouros foran expulsos, a influencia que exerceran na lingua foi pequena. O seu efeito principal foi no léxico.
Os rexistos máis antigos que sobreviveran dunha lingua portuguesa distinta son documentos administrativos do século IX, ainda entremeados con moitas frases en latim. Hoxe en día, esta fase é conhecida como o "Proto-Portugués" (falado no período entre o séculos IX e XII).
Trecho de poesia
medieval portuguesa
Das que vejo
non desejo
outra senhor se vós non,
e desejo
tan sobejo,
mataria um leon,
senhor do meu coraçon:
fin roseta,
bela sobre toda fror,
fin roseta,
non me meta
en tal coita voss'amor!
João de Lobeira
(1270?–1330?)
Portugal tornouse independente en 1143 com o rei D. Afonso Henriques. No primeiro período do "Portugués Arcaico" - Período Galego-Portugués (do século XII ao século XIV), a lingua comezou a ser usada de forma mais generalizada, depois de ter ganho popularidade na Península Ibérica cristianizada como unha lingua de poesía. En 1290, o rei D. Dinis cria a primeira universidade portuguesa en Lisboa ( o Estudo Xeral) e decretou que o portugués, até enton apenas conhecido como "lingua vulgar" passasse a ser conhecido como Lingua Portuguesa e oficialmente usado.
No segundo período do Portugués Arcaico, entre os séculos XIV e XVI, coas descobertas portuguesas, a lingua portuguesa espallouse por moitas rexións da Ásia, África e Américas. Hoxe, a maioría dos falantes do portugués encontranse no Brasil, na América do Sul. No século XVI tornase a Lingua franca da Ásia e África, usado non só pola administración colonial e polos mercadores, mas tambén para comunicazón entre os responsábeis locais e europeus de todaLas nacionalidades. A irradiación da lingua foi axudada por casamentos mistos entre portugueses e as poboazóns locais e a sua asociazón cos esforzos misionarios católicos levou a que fose chamada Cristán em moitos sítios da Ásia. O dicionário Xaponés-Portugués de 1603 foi un produto da actividade misionaria Xesuíta no Xapón. A lingua continuou a gozar de popularidade no sudoeste asiático ata o século XIX.
Algunhas comunidades cristáns falantes de portugués na Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésia preservaran a súa lingua mesmo depois de terem ficado isoladas de Portugal. A lingua modificouse bastante nestas comunidades e evoluiu polos séculos ata que se tornou en varios crioulos portugueses, alguns dos quais ainda persistem, após séculos de isolamento. Encontrase também um número bastante considerável de palabras de orixe portuguesa no Tétum. Palavras de orixe portuguesa entraran no léxico de varias outras linguas, como o xaponEs, o swahili, o indonesio e o malaio.
O fin do "Portugués Arcaico" é marcado pola publicación do Cancioneiro Xeral de Garcia de Resende en 1516. O período do "Portugués Moderno" (do século XVI ata o presente) teve un aumento do número de palabras orixinarias do latin clásico e do grego, emprestadas ao portugués durante a Renascenza, aumentando a complexidade da lingua.
CLasificación e linguas relacionadas
Indo-europeu - Itálico - Románico - Italo-Occidental - Galo-Ibérico - Ibero-Romance - Ibero-Occidental - Galaico-portugués
A lingua portuguesa é ortograficamente parecida en moitos aspectos coa lingua castelán, mas é diferente na fonoloxía. Un falante dunha das linguas requer algunha prática para entender capazmente un falante da outra. Além do mais, as diferenzas no vocabulário póden dificultar o entendimento. Compare por exemplo:
Ela fecha sempre a janela antes de jantar. (portugués)
Ella cierra siempre la ventana antes de cenar. (castelán)
Case todaLas palabras en castelán e portugués están relacionadas, caso sexa culto o suficiente, poderá usar palabras menos comúns:
Ela encerra sempre a janela antes de cear. (portugués pouco comum)
Nalguns lugares, o portugués e o castelán són falados en conxunto. Os falantes de portugués leem e entenden castelán con algunha facilidade, encanto que españóis són capazes de ler portugués, mas moitas vezes incapazes de perceber a lingua falada (excepto a maioria dos galegos). Isto leva a que algúns estranxeiros en Portugal e no Brasil tenten comunicar en castelán o que faz com que as poboazóns locais se sintan ofendidas. O portugués está, naturalmente, relacionado com o catalán, o italiano e todaLas outras linguas latinas. Falantes de outras linguas latinas poden achar peculiar a conxugazón de verbos aparentemente infinitivos.
O portugués é primeira lingua en Angola, Brasil, Portugal, Sán Tomé e Príncipe e é a lingua máis usada en Mozambique.
A lingua portuguesa é tambén unha das linguas oficiais de Timor-Leste (co tétum) e Macau (co Xinés). É bastante falado, mas non oficial, en Andorra, Luxemburgo, Namibia e Paraguai. Crioulos portugueses són a lingua materna da poboazón de Cabo Verde e de parte substancial dos guineenses e Sán tomenses.
O portugués é falado por cerca de 187 millóns de persoas na América do Sur, 16 millóns de africanos, 12 millóns de europeus, dous millóns na América do Norte e 0,33 millóns na Ásia.
A CPLP ou Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa é unha organización internacional que consiste nos oito países independentes que teñen o portugués como lingua oficial. O portugués é tambén unha lingua oficial da Unión Europea, Mercosul e unha das linguas de traballo e oficiais da Unión Africana. A lingua portuguesa tem gañado popularidade como lingua de estudo na África, América do Sur e Ásia.
Padróns
O português tem dúas variedades escritas (padróns ou standards) recoñecidas internacionalmente:
Portugués Europeu e Africano
Portugués do Brasil
As diferenzas entre as variedades do portugués da Europa e do Brasil son no vocabulário, pronuncia e sintaxe, especialmente nas variedades vernácuLas, encanto nos textos formais estas diferenzas diminuem bastante. As diferenzas non son maiores que as existentes entre o inglés dos Estados Unidos e do Reino Unido. Ambas as variedades son, sem dúbida, dialectos da mesma lingua e os falantes de ambas as variedades poden entenderse sen grandes dificuldades.
O que a versión brasileira do portugués ten de notório non é o seu léxico ou pronuncia distintos (considerados naturais ata num mesmo país) mas antes a forma escrita. O Brasil eliminou a maioria dos primeiros "c" cando "cc", "cç" ou "ct"; e "p" cando "pc", "pç" ou "pt" porque non son pronunciados na forma culta da língua, um remanescente do passado latino desta (alguns continuan a existir no portugués do Brasil, e máis ainda no Europeu).
As diferentes normas da escrita do portugués encontramse no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Europa e África Brasil
acção ação
contacto contato
direcção direção
eléctrico elétrico
óptimo ótimo
Tambén existem diferenzas em acentos, devido a:
Pronuncia diferente. O Brasil en palabras como "Antônio" ou "anônimo" usa vogais fechadas, onde Portugal e África usan abertas, "António" ou "anónimo", respectivamente.
Facilitar a leitura. Porque "qu" pode ser lido de duas diferentes formas en portugués: "ku" ou "k", o Brasil decidiu facilitar, usando o trema. En vez de "cinquenta" como é escrito en Portugal e África, no Brasil escrevese "cinqüenta".
A reforma Ortográfica de 1990
Unha Reforma Ortográfica foi tentada en 1990 para crear un padrón de Portugués Internacional, que foi ratificado polo Brasil, Cabo Verde e Portugal, no que participaran na altura todolos países de lingua oficial portuguesa e coa adesão dunha delegazón (non oficial) de observadores da Galiza. Timor-Leste, non sendo un subscritor do acordo orixinal, irá ratificar en breve. Os países africanos de lingua portuguesa ainda non decidiran, possivelmente devido a problemas na implementación. O acordo establece que a súa entrada en prática irá apenas ocorrer cando todolos países da CPLP ratificarem, e este processo pode non ocorrer en breve. Esta questión está actualmente en debate na CPLP. O acordo irá eliminar a maioria dos "c" quando "cc", "cç" ou "ct"; e "p" (quando "pc", "pç" ou "pt") do Portugués Europeu, o trema e acentos em palavras terminadas en "eia" no Brasil e irá adicionar pequenas novas regras.
Un outro acordo foi feito para as novas palavras que entrarán na língua.
Dialectos
A lingua portuguesa possue grande variedade de dialectos, moitos deles cunha acentuada diferenza lexical en relazón ao portugués padrón - o que acontece especialmente no Brasil. Tais diferenzas, entretanto, non prexudicam moito a intelexibilidade entre os locutores de diferentes dialectos.
O portugués europeu padrão (tambén coñecido como "estremeño") modificouse máis que as outras variedades. Mesmo assin, todolos aspectos e sons de todolos dialectos de Portugal podem ser encontrados nalgum dialecto no Brasil. O portugués africano, em especial o portugués santomense ten moitas semellanzas co portugués do Brasil. Ao mesmo tempo os dialectos do sur de Portugal apresentam moitas semellanzas, especialmente o uso intensivo do xerundio. Na Europa, o alto-miñoto e o transmontano tem algumas semellanzas co galego.
Mesmo coa independencia das antigas colonias africanas, o portugués padrón de Portugal é o padrón preferido polos países africanos de lingua portuguesa. Logo, o portugués apenas ten dous dialectos de aprendizaxe, o europeu e o brasileiro. Note que, na lingua portuguesa há dous dialectos preferidos en Portugal: o de Coimbra e o de Lisboa. No Brasil, o dialecto preferido é o falado e moito mais escrito pelos habitantes cultos das grandes cidades. A maioria dos dialectos, contudo, é mutuamente intelixible.
Maiores dialectos portugueses
thumb|Dialectos de Portugal Portugal
Azoriano (ouvir) - Açores
Alentexano (ouvir) - Alentejo
Algarvio (ouvir) - Algarve (há um pequeno dialecto na parte ocidental)
Alto-Miñoto (ouvir) - Norte de Braga (interior)
Baixo-Beirán; Alto-Alentexano (ouvir) - Centro de Portugal (interior)
Beirán (ouvir) - centro de Portugal
Estremeño (ouvir) - Regiões de Coimbra e Lisboa (pode ser subdividido em lisboeta e coimbrán)
Madeirense (ouvir) - Madeira
Norteño (ouvir) - Rexións de Braga e Porto
Transmontano (ouvir) Trás-os-Montes
Gramática
Os verbos son divididos en trés conxugacións, que poden ser identificadas através da terminación dos infinitivos, un de "-ar", "-er", "-ir" (e "-or", que está presente num único verbo, "pôr", xuntamente cos seus compostos. Este verbo pertence, todavía, á conxugación "-er", cando no passado era falado "poner", enton "poer" e enton "pôr"). Moitos verbos terminan en "ar", tais como "cantar". Dunha forma xeral, os verbos coa mesma terminación ségueno mesmo padrón; porén, son abundantes os verbos irregulares e mesmo anómalos, caso de ir, vir, ter, ser e pôr.
Na Lingua Portuguesa, os verbos son divididos en modos:
Indicativo. Usado para exprimir feitos
Conxuntivo. Usado para exprimir suposizóns
Imperativo. Usado para exprimir instruzóns
Todolos substantivos portugueses teñen un dos dous xéneros: masculino ou inclusivo e feminino ou exclusivo. Moitos adxectivos e pronomes, e todolos artigos, indican o xénero dos substantivos a que eles se referen. O xénero feminino en adxectivos é formado de modo diferente dos substantivos. Moitos adxectivos que terminan nunha consoante permanecen inalterados: "homem superior", "mulher superior". Isto é un feito também para adxectivos que terminan en "e": "homem forte", "mulher forte". Fora isso, o substantivo e o adxetivo dében sempre estar en concordancia: "homem alto", "mulher alta".
O grau dos substantivos é, dunha forma xenérica, representado polos sufixos "-ão, -ona" para o aumentativo e "-inho, -inha" para o diminutivo, ainda que existam numerosas variazóns para representar esses graus.
Os adxetivos poden ter grau comparativo ou superlativo. O grau comparativo é representado polos adverbios "mais...que", "menos...que" e "tão...quanto" (ou "como"), e o grau superlativo é representado peLas locuções "o mais" ou o "menos". Para representar o superlativo absoluto, pode-se ainda acrescentar os sufixos "-íssimo, -íssima" (alguns adxetivos, no entanto, fazen o superlativo absoluto coa terminación "-érrimo, -érrima", ou "-ílimo", "-ílima").
Os substantivos veñen xeralmente acompañados du numeral, pronome ou artigo, formando variazóns de acordo coas funcións sintácticas, a saber:
Nominativo (suxeito ou obxecto directo): a, o, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo;
Genitivo (adxunto adnominal de posse): da, do, deste, desta, disto, desse, dessa, disso, daquele, daquela, daquilo;
Locativo (adxunto adverbial de lugar): na, no, neste, nesta, nisto, nesse, nessa, nisso, naquele, naquela, naquilo;
Dativo (obxecto indirecto): à, ao, àquele, àquela, àquilo (a preposição non se funde cos demais demonstrativos).
Os adverbios poden ser formados pelo feminino dos adxectivos, co acréscimo do sufixo "-mente".
Vocabulario
O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, por Antônio Houaiss (1915 – 1999), fillo de imigrantes libaneses e antigo ministro da cultura do Brasil, foi criado co apoio de case dúas centenas de lexicografos de vários países e é o dicionário de portugués mais completo (cerca de 228 500 entradas, 376 500 acepcións]], 415 500 sinónimos, 26 400 antónimos e 57 000 palavras arcaicas). Inclui todaLas variazóns da lingua portuguesa: africanismos, asiacismos e brasileirismos para além do vocabulario usado en Portugal. Dedicando a súa vida á lingua, Houaiss comezou o seu traballo en 1986, e morreu un ano antes do dicionário ser acabado polos seus colegas no ano 2000, sen ver o seu soño tornarse realidade. O dicionário está rapidamente a tornarse unha referencia na lingua, alguns cLasifícanno como un "monumento á lingua".
O Portugués, quer en morfologia e síntaxe, representa unha transformazón orgánica do latin sen intervenzón de calquer lingua estranxeira. Os sons, formas gramaticais e tipos sintácticos, con pequenas excepcións, son derivados do latim. E, cerca de 90% do vocabulario ainda deriva da lingua de Roma. Algunhas mudanzas tomaram corpo durante o Império Romano, outras tiveran lugar mais tarde. Na Idade Média Alta, o Portugués estava a erodir tanto como o francés, mas unha política conservadora reaproximou a lingua ao latim.
Fonética
A lingua portuguesa contén alguns sons de difícil compreensón para falantes de outras linguas tornandoa, por isso, de difícil aprendizaxe para estranxeiros.
Tabela de pronuncia Letra Portugal Paraná Sán Paulo Rio de Xaneiro Bahia
Vogais e semi-vogais
a á cando tónico, ɐ cando átono á á á á
â á ɐ ɐ ɐ ɐ
é ɛ ɛ ɛ ɛ ɛ
ê e e e e e
e e cando átono, ɐ cando tónico e e (ou i, no fim de palabras) e (no fim dunha palabra ás vezes non se pronuncía) ɛ (ou i, no fim de palabras)
i i (ou "j" en ditongos) i (ou "j" en ditongos) i (ou "j" en ditongos) i (ou "j" en ditongos) i (ou "j" en ditongos)
ó ɔ ɔ ɔ ɔ ɔ
o o cando tónico, y cando átono o o (ou u, no fim de palabras) o (ou u, no fim de palabras) ɔ (ou u, no fim de palabras)
u u (ou w, en ditongos e tritongos) u (ou w, en ditongos e tritongos) u (ou w, en ditongos e tritongos) u (ou w, en ditongos e tritongos) u (ou w, en ditongos e tritongos)
Ditongos
ei aj ej e ej ej
ou ow ow o ow u
Vogais nasais
ã, am, an, âm, ân â non nasaliza ẫ ẫ ẫ
em, en, ên, êm, én, ém ãj non nasaliza ẽj ẽ ẽ
im, in, ím, ín ĩ non nasaliza ĩ ĩ ĩ
om, on, ôm, ôn, óm, ón õ non nasaliza õw õ õ
um, un, úm, ún ũ non nasaliza ũ ũ ũ
Glides nasais
ão ẫw ẫw ẫw ẫw ẫw
ãe ẫj ẫj ẫj ẫj ẫj
õe õj õj õj õj õj
Consoantes
b β b b b b
p p p p p p
qu kw kw kw kw kw
ca, co, cu ka, ko, ku ka, ko, ku ka, ko, ku ka, ko, ku ka, ko, ku
ce, ci se, si se, si se, si se, si se, si
ç s s s s s
ga, go, gu ga, go, gu ga, go, gu ga, go, gu ga, go, gu ga, go, gu
ge, gi ʒe, ʒi ʒe, ʒi ʒe, ʒi ʒe, ʒi ʒe, ʒi
da, de, do, du ða, ðe, ðo, ðu da, de, do, du da, de, do, du da, de, do, du da, de, do, du
di ði di di ou dzi dʒi dʒi
ta, te, to, tu ta, te, to, tu ta, te, to, tu ta, te, to, tu ta, te, to, tu ta, te, to, tu (ás vezes ču)
ti ti ti ti ou tsi či či
f f f f f f
v β v v v v
l l l l ou w no fin de sílaba l ou w no fin de sílaba l ou w no fin de sílaba
m m m m m m
n n n n n n
r (antes de vogal, dentro da palabra) rı rı rı rı rı
r (no inicio da palabra), rr rı r r kh kh
r (no fin de sílaba) rı retroflexivo, como en inglés rı (ou retroflexivo, no interior) kh kh
s (intervocálico) z z z z z
s (inicial ou seguido de consoante), ss s s s s s
s (no fin de sílaba) ʃ s s ʃ ʃ
ch ʃ ʃ ʃ ʃ ʃ
lh λ λ (ás vezes j) λ λ λ (ás vezes j)
nh ɲ ɲ ɲ ɲ ɲ
h non pronuncía non pronuncía non pronuncía non pronuncía non pronuncía
pt, ct t pt, ct pt, ct pt, ct pt, ct
Visto a lingua portuguesa non conter unha ortografia do tipo "unha letra para cada som", como o sérvio ou o ruso, ou un pouco como o castelán, os diversos sons son asociados a diversas letras, podendo unha letra ter mais do que un único son (como a letra "x", que possue cinco sons distintos) sabendo cal deles proferir seguindo variadas regras de ortografía.
ETC:::ETC::::
E o galego????
Lingua galega
Na Galipedia, a wikipedia en galego.
Ir a: navegación, procura
Lingüística > Lingua > Indoeuropeo > Latín > Lingua románica > Galego
Lingua romance nada e desenvolvida na antiga provincia romana da Gallaecia (que abranguía o territorio da Galicia actual, o norte de Portugal e territorios lindantes polo Leste).
A lingua galega é un romance de influenza léxica pre-celta, celta, éuscara, xermánica, provenzal, castelá (arabismos, prestamos lingüísticos, ortografía moderna e certos rasgos fonéticos) e amerindia.
O galego moderno descende do galego-portugués, lingua medieval morta que daría lugar aos actuais galego e portugués. A lingua galega fáLase en Galicia, na fronteira coas comunidades autónomas de Asturias e Castela e León e nas comunidades de galegos emigrantes en Arxentina e Uruguai (máis de tres millóns de emigrantes galegos vivindo naqueles países).
A lingua galega é un romance autónomo para as autoridades lingüísticas oficiais en Galicia emparentado co portugués e para outros lingüistas aínda hoxe unha variante co-dialectal do diasistema lingüístico galego-portugués.
A lingua considérase formada arredor do s. XII, como resultado da asimilación do latín vulgar falado polos conquistadores romanos no s. II dC.
No seu momento foi lingua culta fóra dos reinos de Galicia e Portugal nos reinos veciños de León e Castela. Escribindo en galego, por exemplo, o rei Afonso X o Sabio, as súas "Cantigas de Santa María". A súa importancia foi tal que se considera a segunda literatura durante a Idade Media só despois do Occitano.
Recentemente foi achado o documento máis antigo escrito en galego que se conserva, o cal data do ano 1228, trátase do “Foro do bo burgo do Castro CaldeLas” outorgado por Afonso IX en abril de dito ano ao municipio de Allariz (Galicia. España).
O galego-portugués tivo case 700 anos de existencia oficial e plena, pero as derrotas que a nobreza galega sufríu ao tomar partido polos bandos perdedores nas guerras de poder de finais do s. XIV e primeiros do s.XV provoca a asimilación da nobreza galega e a dominación castelá que leva consigo unha opresión e unha desaparición pública, oficial, literaria e relixiosa do galego ata finais do s.XIX. Son os chamados Séculos Escuros. O portugués, pola súa banda, gozou durante este período dunha protección e desenvolvemento libre grazas a que Portugal foi o único territorio peninsular que permaneceu alleo ao dominio lingüístico do castelán.
Cartel 11.Na actualidade o galego fálanno case tres millóns de persoas; é a lingua minorizada con meirande comprensión e uso porcentual dentro do Estado Español. É idioma oficial na comunidade autónoma de Galicia (onde o castelán é co-oficial), e tamén se fala na Terra Eo-Navia (Asturias), no Baixo Bierzo (León), nas PorteLas (Zamora) e na Serra de Xalma (Cáceres). Así mesmo é a lingua da importante comunidade galega no exterior, espallada por todo o mundo.
Dende o punto de vista reintegracionista, Galicia fala unha lingua que ten 200 millóns de falantes no mundo, coñecida como portugués. Aínda, no chamado galego do continente europeo, deberiamos inclui-Las faLas do norte de Portugal, que conforman un conxunto relativamente unitario de falares no cadro da actual euro-rexión Galicia-Norte de Portugal.
Cada 17 de maio celébrase o "Día das Letras Galegas" dedicado a un escritor nesta lingua (elixido pola Real Academia Galega). O día escollido utilízanno os organismos oficiais para potenciaren o uso e o coñecemento da lingua galega
ETC:::ETC:::
Resumindo:
PORTUGUES: Família lingüística: Indoeuropea
Itálica
Románica
Iberorromance
Iberooccidental
Galaico-portugués
Português
GALEGO: Família lingüística: Indoeuropea
Itálica
Románica
Iberorromance
Iberooccidental
Galaico-portugués
Galego
Dizir que do galego nom pom muito porque esta en discussom por mor do problema reintegracionismo-RAG/ILGismo e demáis assuntos linguísticos e políticos.
PD: eu nom som experto... pero se queres preguntamos-lhe a uns linguistas galegos e portugueses e a ver...
Hay 37 comentarios.
1